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Polícia

Traficante é morto pilotando moto de goleiro Bruno

Cláudio Camargo da Silva foi morto a tiros em uma moto que está registrada no nome do ex-goleiro do Flamengo

9 mar 2015 - 14h23
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<p>Bruno chora durante interrogat&oacute;rio no caso de assassinato de sua ex-amante</p>
Bruno chora durante interrogatório no caso de assassinato de sua ex-amante
Foto: Renata Caldeira/TJ-MG / Divulgação

A Delegacia Regional Noroeste em Belo Horizonte investiga o assassinato de um homem condenado por tráfico de drogas que foi executado a tiros no bairro Urca, região da Pampulha, na última quinta-feira.  Segundo a Polícia Civil, Cláudio Camargo da Silva, 38 anos, pilotava uma moto Kawasaki modelo Ninja que está registrada no Detran-MG em nome do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de cadeia pelo sequestro e morte da ex-amante Eliza Samudio.  

O crime foi gravado pela câmera de segurança da papelaria onde Silva tentou esconder após ser alvejado pelo suspeito, que perseguiu a vítima e finalizou a execução com um tiro na cabeça. O homem fugiu em um carro prata e ainda estava foragido até a tarde desta segunda-feira.

Em depoimento, familiares do traficante executado disseram que a moto foi dada de presente a ele por Bruno no período em que os dois estiveram juntos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.  A Polícia Civil confirmou que Bruno e Silva cumpriram pena no presídio entre 2011 e 2013.

Elenice Ferreira, delegada que apura o assassinato,  informou por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil, que vai não se pronunciar durante a investigação. O advogado de Bruno, Francisco Simim, confirmou que a moto está registrada no nome do goleiro, mas negou que o veículo tivesse sido dado de presente: “Essa moto estava guardada na casa da avó do Bruno há mais de três anos. Foi a família do Bruno que vendeu, não é verdade essa história de presente do Bruno”, disse.

“É uma moto que está com a documentação irregular, impostos atrasados e não custa nem R$ 20 mil, diferente do que andam falando, que ela vale mais que R$ 70 mil”, explicou.  Perguntado sobre o motivo de a família ou mesmo o próprio Bruno não exigir que a moto fosse transferida para o nome do comprador, Simim afirmou que “o cartório exige a presença do vendedor no momento da transferência e como o Bruno está preso, não houve como”, completou. O advogado não soube informar o ano de fabricação da motocicleta.

Sorridente, animado  e fortão

Francisco Simim disse que Bruno está tranquilo caso a Polícia Civil o intime para prestar depoimento  sobre o assassinato do ex-colega de prisão. O advogado afirmou ainda que a maior preocupação do goleiro é voltar a jogar futebol: “Ele está sorridente, animado, fortão. Se o Tribunal de Justiça acatar o nosso pedido de anular a condenação pelos crimes de ocultação de cadáver, que ele foi condenado sem estar no local do crime, e cárcere privado do filho, uma sacanagem, o Bruno vai a novo júri e a pena dele será diminuída. Até o final do ano ele vai sair e jogar futebol, depende apenas do TJ julgar o nosso pedido, que está parado há dois anos e tem previsão de ser analisado até o meio do ano,” completou Simim.

 

Fonte: Terra
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