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Polícia

TO: PMs suspeitos de fazer parte de grupo de extermínio são presos

28 nov 2012 - 16h06
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Luana Fernanda
Direto de Palmas

Seis policiais militares, suspeitos de envolvimento na morte de seis pessoas no sul do Tocantins, foram presos na noite da última terça-feira. Os PMs, integrantes do Grupo de Operações com Cães em Gurupi, já estavam afastados de suas funções operacionais e cumpriam somente serviços administrativos. Na manhã de hoje, a polícia fez a exumação de três corpos das seis vítimas. Algumas delas, já com passagem pela polícia.

Os militares são suspeitos de participar de um grupo de extermínio no município. Eles foram transferidos para Palmas, onde estão presos no Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins.

Os policiais são investigados por seis homicídios, que ocorreram em menos de uma semana, no mês de setembro, em Gurupi. Logo após as mortes, a Polícia Civil abriu inquérito para investigar os assassinatos. Na época, cinco dos seis corpos foram encontrados na zona rural da cidade, alguns com marcas de balas na cabeça.

De acordo com o comandante da Polícia Militar do Estado, coronel Luiz Cláudio Benício, a PM já tinha instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os militares, porém, foi suspenso por recomendação do Ministério Público Estadual (MPE). "Agora iremos dar prosseguimento às investigações. Eles irão responder uma sindicância. Eu não seria irresponsável de afirmar de imediato se eles são ou não culpados, vamos aguardar as investigações", afirmou.

Segundo o coronel, a sindicância tem 30 dias para ser concluída, podendo ser prorrogado por mais 20 dias. "Se for comprovado, eles irão aguardar sentença condenatória e serão submetidos ao Conselho de Disciplina para analisar a conveniência da permanência deles na corporação", explicou.

A PM não divulgou o nome dos policiais envolvidos. Em nota, a corporação disse que tais informações estão sob o poder do Ministério Público em Gurupi que lidera, junto com a Polícia Civil, as investigações sobre o caso, que corre em segredo de justiça.

Fonte: Especial para Terra
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