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Polícia

TJ-RJ nega revogar prisão de falso médico que atendeu menina

18 ago 2010 - 18h43
(atualizado às 20h26)
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O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) negou na tarde desta quarta-feira o pedido de habeas-corpus feito terça-feira pelo advogado Claudio Tavares Oliveira Juniores contra o pedido de prisão do estudante de Medicina Alex Sandro Cardoso. A decisão foi da desembargadora da 2° Câmara Criminal, Leony Maria Grivet Pinho. Ele é suspeito de ter dado alta para Joanna Cardoso, 5 anos, enquanto ela estava desacordada no Hospital Rio Mar.

As imagens foram obtidas pelo circuito interno de TV do hospital
As imagens foram obtidas pelo circuito interno de TV do hospital
Foto: Polícia Civil / Divulgação

Segundo a assessoria do TJ, a desembargadora negou o pedido da defesa em razão da complexidade dos fatos, sendo necessária mais informações do juiz da 3° Vara Criminal, onde estão os inquéritos dos processos envolvendo o falso médico e a pediatra Sarita Fernandes.

Sarita é dona de uma clínica que presta serviços ao hospital e teria contratado Cardoso. Ela também teve um pedido de habeas-corpus negado no dia 16.

Alex Cardoso está foragido. A menina, que pode ter sido vítima de maus-tratos antes da internação, morreu na última sexta-feira, 13.

Entenda o caso

Joanna morreu no início da tarde de sexta-feira, 13, no Hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul, onde estava internada em coma desde o dia 19 de julho. Segundo o hospital, a menina sofreu uma parada cardíaca.

A menina foi internada no CTI do hospital da zona sul com um edema cerebral, hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax, segundo parentes. A suspeita era que ela teria sido espancada e torturada pelo pai. O caso foi levado para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).

Na investigação, a polícia descobriu que a menina havia sido atendida em outro hospital, o Rio Mar, na zona oeste, onde um falso médico teria dado alta a ela quando ainda estava desacordada. Ele foi identificado como um estudante do 5º período de Medicina.

Em depoimento, o estudante afirmou que havia sido contratado por Sarita Pereira, que teria uma clínica que prestava serviços ao Rio Mar. Ainda segundo a polícia, Souza afirmou que a mulher forneceu a documentação e o carimbo com nome e a inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico para que ele usasse nos atendimentos.

Fonte: Redação Terra
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