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Polícia

Suspeitos de agressão a gays na avenida Paulista são soltos

15 nov 2010 - 15h53
(atualizado em 16/11/2010 às 00h45)
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A Justiça de São Paulo liberou neste domingo os quatro adolescentes que teriam se envolvido em um caso de agressão a três outros jovens na avenida Paulista, região central de São Paulo. Segundo o advogado Orlando Machado Jr., que defende um dos menores de idade, houve o entendimento de que os jovens "não apresentariam risco para a sociedade soltos". Eles estavam em uma unidade da Fundação Casa na capital. Não há notícia sobre a situação do maior de idade que teria participado dos ataques.

Os quatro adolescentes que teriam se envolvido no caso de agressão foram liberados
Os quatro adolescentes que teriam se envolvido no caso de agressão foram liberados
Foto: Luiz Guarnieri / Futura Press

Pouco depois, o único maior de idade acusado do crime, um jovem de 19 anos, também recebeu alvará de soltura. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, ele tem residência fixa e é réu primário. A informação é do Jornal Nacional.

A Polícia Civil divulgou que os quatro menores de idade e um jovem de 19 anos teriam participado de uma sequência de agressões na madrugada deste domingo na avenida Paulista. Detidos e levados ao 5° Distrito Policial (Aclimação), eles foram transferidos para a unidade do bairro do Brás, na zona norte. O maior de idade foi levado ao 2° Distrito Policial.

Ainda de acordo com o advogado, a Justiça rejeitou o vínculo dos jovens com o roubo a um lavador de carros de 18 anos, que fez a denúncia na delegacia ao registrar o roubo de pertences e documentos. "A Justiça entendeu que foi uma briga de rua e que os jovens não representariam perigo a nenhuma minoria se fossem soltos", disse Machado.

Sequência de agressões

A primeira agressão, seguida de roubo, que teria acontecido às 3h. O homem de 23 anos teria levado socos no rosto nas imediações da avenida Paulista. Quando estava no chão, seu celular e sua carteira teriam sido levados pelos agressores.

Na sequência, segundo o boletim de ocorrência, o fotógrafo e o estudante de 19 anos, que estavam juntos em um ponto de taxi, foram atacados. Quando o grupo de agressores se aproximou, teria dito que eles eram "um casal", os chamado de homossexuais e agredido os dois com socos na cabeça.

O fotógrafo conseguiu correr para uma estação de Metrô e permaneceu no local até que os agressores fossem embora. Já o estudante de 19 anos não conseguiu fugir e foi espancado. Uma lâmpada fluorescente foi usada no espancamento, provocando cortes graves. Ele foi encaminhado para o Hospital Oswaldo Cruz, medicado e liberado.

Ainda de acordo com o delegado, todos os suspeitos responderão por roubo, lesão corporal gravíssima e formação de quadrilha. O maior de idade ainda pode responder por corrupção de menores, segundo o delegado. "Foi uma agressão sem sentido de quem não aceita quem é diferente", disse Neto.

Fonte: Redação Terra
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