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Polícia

Suposto miliciano preso no Pará chega ao Rio algemado

9 ago 2009 - 20h18
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Uma prisão cinematógrafica que poderia fazer parte de bons filmes de ação terminou neste domingo no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, quando o miliciano Fabiano Vieira da Rocha, o Fabi, 32 anos, desembarcou algemado.

Três agentes do Serviço de Inteligencia da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) surpreenderam o paramilitar, no sábado, na Praia do Tucunaré, em Marabá, sudeste do Pará, sem disparar um tiro e disfarçados de vendedores ambulantes e turista estrangeiro.

Acusado de participação em mais de 50 homicídios na zona norte e Baixada Fluminense, Fabi é considerado pela polícia como o segundo homem na hierarquia da milícia "Água de Mirra", apontada como a mais violenta do Estado.

"Eles não só matavam as vítimas, como esquartejavam e incendiavam os corpos. E o que restava era esmagado por um martelo", descreveu Jorge Gerhard, chefe do Setor de Inteligência da Draco-IE.

O chefe da quadrilha, o ex-PM Fabrício Fernando Mirra está preso desde o ano passado. Em maio, na Operação Leviatã 2, a Draco-IE desbaratou parte do grupo com a prisão de 15 pessoas, entre elas, dois advogados e dois policiais militares.

A Operação Droopy - homenagem ao cachorro da Hanna Barbera - contou com apoio de outros seis agentes que permaneceram de prontidão no Rio. Com base em informações geradas por rastreadores e navegadores, os policiais monitoravam os passos do miliciano.

Em Marabá, alugaram três barcos para percorrer a extensão da Praia do Tucunaré e prender Fabi, que comprou uma choupana às margens do Rio Tocantins com gerador a diesel para ter iluminação noturna.

No casebre à beira-mar, o miliciano mantinha 20 pessoas sob seu comando que prestavam os mais variados serviços. "Os envolvidos compravam combustível para o gerador, remédios e até sexo forneciam ao miliciano" acrescentou Gerhard.

Segundo o inspetor, Fabi escolheu um lugar isolado para morar porque tinha medo de ser identificado em Marabá, cidade a 2.521 km de distância do Rio, que se destaca pela beleza das águas fluviais de suas praias.

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