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Polícia

SP: vigia vai a júri por participação na morte de Mércia Nakashima

Evandro Bezerra da Silva é acusado de ter auxiliado o ex-namorado de Mércia, Mizael Bispo dos Santos, a cometer o crime

29 jul 2013 - 06h10
(atualizado às 06h10)
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O promotor Rodrigo Merli afirma ter convicção de que Evandro Bezerra da Silva colaborou na morte da advogada
O promotor Rodrigo Merli afirma ter convicção de que Evandro Bezerra da Silva colaborou na morte da advogada
Foto: Vagner Magalhães / Terra

O vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado de ser cúmplice da morte da advogada Mércia Nakashima, em 23 de maio de 2010, vai a júri popular a partir desta segunda-feira, no Fórim de Guarulhos. Ele é acusado de ter colaborado com a fuga de Mizael Bispo dos Santos, condenado em 14 de março a 20 anos de prisão pela morte de Mércia, que na ocasião era sua ex-namorada.

A acusação sustenta que Evandro não teve participação direta na morte, mas que sabia que Mizael tinha a intenção de cometer o crime. Mércia foi vítima de disparos de arma de fogo e foi lançada, no interior de seu veículo, dentro de uma represa no município de Nazaré Paulista, na Grande São Paulo. Para o promotor Rodrigo Merli, foi Evandro quem trouxe Mizael de volta para Guarulhos, após o crime.

"Ele concorre para o crime e faz com que a consumação final tenha êxito. Isso poderá ser comprovado por uma série de ligações entre eles, registrada por antenas de telefonia celular, nas imediações de onde o crime foi cometido", diz o promotor.

A defesa de Evandro deverá sustentar que ele confessou o crime à Justiça após ter sido vítima de tortura. Evandro foi preso em Aracaju, em março de 2011, e está detido no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

O advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de sua ex-namorada e também advogada Mércia Nakashima, 28 anos.

O corpo de Mércia foi encontrado 19 dias depois do crime, em uma represa no município de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Na véspera, no mesmo local, foi encontrado o veículo da vítima.

A acusação sustentou que o crime foi passional e acusou Mizael de matar Mércia por não se conformar om o fim do namoro de cerca de quatro anos com a vítima. "Mércia nunca teve inimigos. (...) O réu Mizael Bispo de Souza matou sim a Mércia Nakashima, porque sentia rejeitado.

O caso

A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio de 2010, após deixar a casa dos avós em Guarulhos, e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela foi ferida a tiros, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água.

Ex-namorado de Mércia, o policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi apontado como principal suspeito pelo crime e denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

A Promotoria também denunciou o vigia Evandro Bezerra Silva, que teria o ajudado a fugir do local. Preso em Sergipe dias depois da morte de Mércia, Evandro afirmou ter ajudado Mizael a fugir, mas alegou posteriormente que foi obrigado a confessar a participação no crime, sob tortura. Seu julgamento ocorrerá separadamente, em julho deste ano.

Fonte: Terra
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