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Polícia

SP: vereador é preso pela 2ª vez por tráfico de drogas

20 mai 2014 - 17h24
(atualizado às 18h52)
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O vereador é acusao de ser dono de um carregamento de crack e cocaína, apreendido hoje e avaliado em R$ 75 mil
O vereador é acusao de ser dono de um carregamento de crack e cocaína, apreendido hoje e avaliado em R$ 75 mil
Foto: Jayne Coledam / Portal K3 Araraquara

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara, distante 288 quilômetros de São Paulo, prendeu na madrugada desta terça-feira uma quadrilha acusada de tráfico de drogas. Cinco pessoas foram presas, entre elas, o vereador com mandato na cidade de Bocaina, a 311 quilômetros da capital, Fabiano Romão (PHS). Os detidos são suspeitos de ser donos de um carregamento de crack e cocaína, apreendido hoje e avaliado em R$ 75 mil.

A droga, de acordo com a Polícia Civil, saiu de Ponta Porã (MS) com destino à casa do vereador Romão na cidade de Bocaina, onde seria distribuída por ele. De acordo com o delegado Elton Hugo Negrini, titular da DIG de Araraquara, a quadrilha vinha sendo investigada há pouco mais de quatro meses.

“Nossos policiais acompanharam o transporte da droga desde a noite da segunda-feira. Eles rodaram por mais de 1 mil quilômetros até serem abordados na rodovia Washington Luiz (SP-310) na entrada de Pindorama”, contou o delegado. “Fomos até um motel que fica na entrada da cidade e abordamos a quadrilha, que não ofereceu resistência”, completou Negrini.

Ainda de acordo com o delegado que coordenou a ação, a quadrilha é comandada por detentos que estão na penitenciária de Araraquara. “Um dos chefes da quadrilha que coordenava a ação está preso e é casado com Samantha Gomes de Oliveira, que era quem trazia as informações de dentro da penitenciária após as visitas”, explica Negrini.

A droga estava escondida no assoalho de um veículo Gol de cor preta com placas de Dourados (MS). Após o refino, ou seja, a mistura de outras substâncias na droga, o valor poderia aumentar em até três vezes mais.

A droga estava escondida no assoalho de um veículo Gol de cor preta com placas de Dourados (MS)
A droga estava escondida no assoalho de um veículo Gol de cor preta com placas de Dourados (MS)
Foto: Jayne Coledam / Portal K3 Araraquara

Jilmar dos Santos Trindade, que conduzia o veículo, contou aos policiais que receberia R$ 3 mil para fazer o transporte da droga. “Na casa do André Luís Garcia de Morais, vulgo Jabá, encontramos outros dois quilos de cocaína, celular e um carro”, contou o delegado.

O vereador Romão foi detido dentro da própria casa. Após interceptar o veículo, os policiais seguiram para Bocaina, onde encontraram o político. “Ele tentou a fuga, mas acabou sendo detido pela nossa equipe”, narra Negrini. Na casa do vereador, foi encontrado um frasco de anabolizantes e fitas para embrulhar drogas. O parlamentar negou envolvimento com a quadrilha.

Além de Romão, Jilmar Trindade, André de Morais e Samantha Gomes de Oliveira, foi preso ainda Alex Artaxesber. Os quatro homens foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória de Araraquara (CDP), onde ficarão à disposição da Justiça. A mulher foi levada para a cadeia feminina de Santa Ernestina.

Segunda prisão do vereador

Esta é a segunda vez que o vereador Fabiano Romão se envolve com o tráfico de drogas. Em janeiro de 2013 ele foi preso depois que a Polícia Federal tentou interceptar um avião carregado com drogas em Boa Esperança do Sul (SP).  Durante a ação, André Luis Correa, 26 anos, foi morto.

Na época, Romão foi preso em atitude suspeita na zona rural de Boa Esperança do Sul. Ele foi encontrado por policiais no canavial onde o avião interceptado faria a entrega de armas contrabandeadas do Paraguai e drogas.

No dia 13 de maio de 2013, Fabiano Romão conseguiu na Justiça o direito de responder ao processo em liberdade e, dias depois, deu início aos procedimentos legais para recuperar o seu lugar na Câmara.

O presidente da Câmara de Bocaina, Caio Clemente (PTB) preferiu não comentar o suposto novo envolvimento do colega com o tráfico de drogas. “Não posso me manifestar, já que a Câmara não foi notificada pela Polícia Civil e não temos nada de concreto na mão. Assim que formos colocados a par da situação, poderá se estudar as medidas cabíveis daí em diante”, afirmou o presidente. 

Fonte: Especial para Terra
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