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Polícia

SP: testemunha narra ao 190 execução feita por PMs em cemitério

4 abr 2011 - 17h49
(atualizado às 18h49)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

Uma mulher não identificada presenciou uma execução e fez a denúncia em tempo real para o telefone 190 do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Segundo o relato dela, o criminoso Dileone Lacerda de Aquino foi levado pela PM para o Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, e foi executado por policiais com um tiro no peito. Os dois soldados foram recolhidos no Presídio Romão Gomes no dia 12 de março, onde estão à disposição da Justiça.

Por telefone, mulher denuncia PMs por execução em cemitério:

Enquanto assistia ao assassinato, ela narrava os fatos para o 190, que registrou tudo. A mulher chegou a abordar a viatura enquanto fazia a denúncia. A exoneração dos PMs deve acontecer até o final do mês, conforme o tenente-coronel Roberto Fernandes, comandante do 29º BPM. Ele afirmou que acreditou na versão da testemunha porque confrontou as versões dos seus subordinados e encontrou contradições.

Para Fernandes, os policiais levaram o homem para o cemitério porque consideravam o local ermo. "Mas num sábado, em um cemitério, sempre tem alguma pessoa chorando por alguém", disse o tenente-coronel. A execução, segundo ele, aconteceu por volta das 15h45 do dia 12 de março. Com o vazamento do caso, a Polícia Militar colocou em circulação um comunicado alertando a corporação sobre o abuso de autoridade, embora os PMs não tenham confessado o crime.

Um dos solados presos já esteve envolvido em outros três casos de resistência seguida de morte. A vítima foi detida no dia do homicídio e colocada na viatura da PM após roubar um furgão em Itaim Paulista e trocar tiros com os policiais. Ele tinha antecedentes criminais por roubo, desacato à autoridade, receptação, formação de quadrilha, resistência à prisão e havia cumprido pena em um presídio em Bauru.

Fonte: Terra
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