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Polícia

SP: protesto contra passagem reúne 1 mil e acaba em confronto

17 fev 2011 - 21h07
(atualizado em 18/2/2011 às 10h14)
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A Polícia Militar dispersou com golpes de cassetetes e bombas de gás lacrimogênio, no início da noite desta quinta-feira, um grupo de cerca de mil pessoas que protestava em frente à prefeitura de São Paulo contra o aumento do valor da passagem do transporte público. O confronto começou após os manifestantes tentarem romper o cerco feito por soldados da PM e homens da Guarda Civil para proteger o prédio. O protesto tentava reverter o aumento do preço das passagens de ônibus, que passou de R$ 2,70 para R$ 3.

Cerca de mil pessoas protestaram contra aumento da passagem para R$ 3
Cerca de mil pessoas protestaram contra aumento da passagem para R$ 3
Foto: Plinio Zunica / Futura Press

Durante a confusão, o vereador José Américo (PT), que tentava conter a ação da polícia contra os manifestantes, a maioria estudantes, foi atingido por gás de pimenta. Um estudante foi detido. Mais cedo, os manifestantes chegaram a ser recebidos por um representante da Secretaria de Transporte do município, mas não houve acordo.

No último dia 25 de janeiro, uma briga entre seguranças da prefeitura e estudantes do Movimento Passe Livre causou tumulto na cerimônia de reabertura da Biblioteca Municipal Mário de Andrade. Nesta tarde, um grupo de manifestantes se acorrentou em catracas do saguão principal do prédio

O preço da passagem de ônibus subiu no último dia 5 de janeiro de R$ 2,70 para R$ 3. O reajuste de 11,11% foi definido no fim do ano pela prefeitura. Com o aumento, São Paulo passou a ser uma das cidades com o transporte coletivo mais caro do País, segundo a organização não governamental (ONG) Rede Nossa São Paulo.

De acordo com a empresa municipal que administra o transporte coletivo, SPTrans, o reajuste compensa o aumento dos custos acumulado desde janeiro de 2010, data do último reajuste. O percentual, entretanto, é quase o dobro da inflação do ano passado na cidade que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi de 6,4%.

Polícia diz que repressão foi necessária

O capitão da PM Amarildo Garcia disse que ação da polícia contra os estudantes foi necessária para garantir a ordem no local. "Houve a quebra da ordem. Eles incitaram contra a PM, quebraram o alambrado e quiseram invadir a prefeitura. Jogaram rojão e pedra contra a prefeitura", afirmou.

A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana usaram cassetetes, bombas de gás e balas de borracha para dispersar o grupo de manifestantes. Um jovem de 24 anos teve o nariz quebrado ao ser imobilizado e chutado pelos policiais. Ele foi algemado e levado ao Hospital do Servidor Público, onde recebeu atendimento médico. De acordo com o capitão Garcia, o rapaz feriu três policiais com uma bandeira.

Agência Brasil

Colaborou com esta notícia a internauta Cris Faga, de São Paulo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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