SP: PMs acusados de homicídio em cemitério são absolvidos
O crime foi narrado em tempo real por uma mulher que fez a denúncia pelo telefone 190
O Tribunal do Júri do Fórum de Ferraz de Vasconcelos, em São Paulo, absolveu nesta quinta-feira os dois policiais militares acusados de executar um homem dentro de um cemitério da cidade em março de 2011. Depois de mais de nove horas de julgamento, Ailton Vital da Silva e Felipe Daniel Silva foram considerados inocentes da morte de Dileone Lacerda Aquino. O crime foi narrado em tempo real por uma mulher que fez a denúncia pelo telefone 190, do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom).
O assassinato aconteceu em março de 2011, quando os réus, à época policiais militares, teriam matado Dileone, no interior do cemitério das Pameiras, em Ferraz de Vasconcelos, após ter sido preso sob suspeita de roubo. O júri foi presidido pela juíza Patrícia Pires. O promotor do caso foi Sérgio Ricardo Gomes e o responsável pela defesa dos réus, Celso Machado Vendramini.
Crime narrado
Uma mulher não identificada narrou em tempo real o crime. Segundo o relato dela, Dileone Lacerda de Aquino foi levado pela PM para o Cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos, e foi executado por policiais com um tiro no peito. A mulher chegou a abordar a viatura enquanto fazia a denúncia. A vítima foi detida no dia do homicídio e colocada na viatura da PM suspeito de roubar um furgão em Itaim Paulista e trocar tiros com os policiais. Ele tinha antecedentes criminais por roubo, desacato à autoridade, receptação, formação de quadrilha, resistência à prisão e havia cumprido pena em um presídio em Bauru.
