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Polícia

SP: para impedir invasão de rodovia, PM usa balas de borracha

Grupo protestava contra o governo, precariedade do Hospital Municipal e preço da passagem de ônibus em Cubatão

1 jul 2013 - 15h38
(atualizado às 16h00)
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De acordo com a PM, os manifestantes se reuniram próximo à prefeitura da cidade para tentar acessar a rodovia, mas foram impedidos
De acordo com a PM, os manifestantes se reuniram próximo à prefeitura da cidade para tentar acessar a rodovia, mas foram impedidos
Foto: Carlos Felipe / Futura Press

Um grupo de aproximadamente 50 pessoas tentou invadir na manhã desta segunda-feira a rodovia Cônego Domênico Rangoni, em Cubatão (SP), e foi impedido pela Polícia Militar de São Paulo, que  teve de usar bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. De acordo com a PM, os manifestantes se reuniram próximo à prefeitura da cidade para tentar acessar a rodovia, mas foram impedidos.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

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A PM informou também que a ação foi preventiva, para evitar que a rodovia ficasse trancada, e que não houve ilegalidade por parte dos manifestantes. O grupo protestava contra o governo, reclamava da precariedade do Hospital Municipal e também de obras prometidas que nunca foram concretizadas pela prefeitura. Eles também exigem a redução de R$ 0,60 na passagem de ônibus, que custa hoje R$ 3,10, e passe livre para estudantes e atletas da cidade. Ninguém foi detido.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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