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Polícia

MP-SP denuncia suspeitos de quadrilha que causou rombo de R$ 2,7 bi

A organização criminosa atuava no processamento de soja no interior do Estado. O grupo chegava a pagar mais de R$ 500 mil em propinas

28 mai 2013 - 19h29
(atualizado às 19h45)
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O Ministério Público (MP) de Bauru, no interior de São Paulo, denunciou à Justiça nesta terça-feira 11 pessoas suspeitas de participarem de um esquema criminoso que causou um prejuízo de cerca de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos do Estado e da União. Elas estão presas desde que a operação foi deflagrada, no dia 21 deste mês.

A organização criminosa atuava no processamento de soja no interior de São Paulo e, segundo o MP, chegava a pagar mais de R$ 500 mil em propinas a agentes públicos, com objetivo de viabilizar a fraude fiscal. 

Os investigados foram denunciados, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. 

A pedido dos promotores, a Justiça decretou nesta tarde a prisão preventiva do líder da organização e comandante do grupo empresarial investigado e de mais um diretor que permanecem foragidos. Além deles, três agentes fiscais de renda que estão sendo investigados também tiveram as prisões preventivas decretadas. 

Um quarto agente fiscal de renda também foi denunciado à Justiça, pois teria recebido informações privilegiadas antes da operação e informado aos executivos do grupo empresarial quem seriam os alvos das investigações e dos mandados de busca e apreensão de documentos. Em razão disto, ele foi denunciado pelo crime de violação de sigilo funcional. 

Durante a operação, batizada como Yellow, mais de 20 mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos, além de mandados de prisão nas cidades de Bauru (SP), Osasco (SP) e na capital paulista. 

O patrimônio dos suspeitos e da indústria foram bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público. O nome dos suspeitos não foram divulgados pelo Gaeco. O MP apura ainda a responsabilidade civil e administrativa dos funcionários públicos envolvidos. 

Fonte: Especial para Terra
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