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Polícia

SP: jovem que depredou prefeitura admite erro e diz que pagará danos

20 jun 2013 - 11h54
(atualizado às 12h26)
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<p>Pierre Ramon Alves de Oliveira é fotografado em delegacia do Deic</p>
Pierre Ramon Alves de Oliveira é fotografado em delegacia do Deic
Foto: Futura Press

O estudante de arquitetura Pierre Ramon Alves de Oliveira, 20 anos, que foi preso pela sua participação nos atos de vandalismo contra a prefeitura de São Paulo da última terça-feira, afirmou que está arrependido e prometeu trabalhar para compensar os danos que causou ao patrimônio público, segundo informou o Bom Dia SP desta quinta. 

“Eu sei que eu fui errado demais. Estou disposto a arcar com todas as consequências, pagar centavo por centavo tudo o que eu fiz de dano. Vou trabalhar para tudo isso", disse Ramon ao deixar Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na Zona Norte de São Paulo, na noite de quarta-feira. “Eu fui de cara limpa, eu vim aqui, eu confessei, não mascarei nem nada. Eu peço que quem nunca errou na vida que atire a primeira pedra”. 

<p>Imagem que seria de Pierre Ramon durante a depredação</p>
Imagem que seria de Pierre Ramon durante a depredação
Foto: Reprodução

Ramon, estudante da universidade FMU, foi flagrado dando pontapés e jogando uma grade de proteção contra vidraças do prédio da prefeitura, no Centro de São Paulo. Fotografia e imagens de vídeo dele durante o ato circularam na internet rapidamente após a manifestação da última terça-feira. 

Ramon foi preso por volta das 13h de quarta-feira, enquanto trabalhava com o pai entregando máquinas na região do aeroporto de Congonhas. Levado ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) acompanhado do pai e de um advogado, o jovem afirmou que foi ao protesto com outros quatro amigos e que não teria relação com o Movimento Passe Livre (MPL), coletivo que organiza as manifestações.

Ele responderá aos crimes em liberdade, uma vez que a Justiça entendeu que não havia razão para que fosse mantida sua prisão temporária. 

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

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As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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