SP identificará perfil de estupradores e fará cartilha para mulheres
Número de casos neste ano no Estado atingiu recorde desde 2010
Com média de 37 estupros ao dia, recorde em três anos, São Paulo irá mapear todos os casos registrados deste crime no Estado. Estatísticas da Segurança Pública do Estado mostram que desde 2010 a média diária de estupros aumenta.Naquele ano, eram registrados 27 casos por dia. Em 2011, foram 28, e, no ano passado, 35. O crescimento desse crime motivou uma parceria do Conselho Estadual da Condição Feminina com a Secretaria da Segurança Pública que fará um levantamento no banco de dados nas próximas semanas para identificar um perfil desses estupradores. O trabalho será feito por 32 conselheiras. Com ele, serão apresentadas sugestões de combate ao crime, além de uma cartilha para orientar mulheres sobre como agir para evitar estupradores. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
A presidente do conselho, Rosmary Corrêa, que é delegada de polícia, suspeita que mais ladrões tenham passado a estuprar após roubar. Até agosto de 2009, a lei que tratava de crimes sexuais diferenciava estupro de atentado violento ao pudor. Desde então, os dois crimes passaram a ser considerados estupro. Em um primeiro momento, a mudança provocou uma alta nas estatísticas - que, agora, está atingindo patamares ainda maiores. A alta de estupros também é atribuída por especialistas ao uso de drogas e ao maior estímulo para denúncias. Hoje, hospitais que suspeitam que alguém tenha sido vítima são orientados a encaminhar essas pessoas à polícia.
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