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Polícia

SP: grupo é denunciado por trabalho escravo em cultivo de cana

Trabalhadores eram submetidos a trabalho escravo e viviam em condições sub-humanas em fazendas da região de Bauru

30 abr 2013 - 17h53
(atualizado às 17h56)
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O Ministério Público Federal (MPF) em Bauru (SP) denunciou à Justiça Federal os empresários Demétrios Urrêa, Fábio Urrêa e Rodrigo Carlos da Rocha pelos crimes de empregar trabalhadores em condição análoga à escravidão e sonegação de contribuição previdenciária. Os crimes ocorreram, segundo o MPF, quando eles eram sócios da empresa Cultivo de Cana-de-Açúcar BR Ltda., uma companhia de mão-de-obra que recrutava homens e mulheres para trabalhar nas fazendas da região. 

Os crimes aconteceram em 2007, segundo o MPF. Um boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Pirajuí informa que os trabalhadores eram submetidos a trabalho escravo, viviam em condições sub-humanas, que o local de moradia era insalubre e o salário insuficiente até mesmo para custear as despesas de alimentação. Também foram denunciados os funcionários da empresa Antônio Souza da Silva e Airton Prado.

Silva foi denunciado, ainda, por aliciamento de trabalhadores de um local para outro do território nacional. O MPF diz que ele buscava pessoas em cidades do Nordeste para trabalharem em fazendas localizadas em pequenas cidades na região de Bauru e prometia boas condições de trabalho, como alojamento com cama, colchão, geladeira, fogão e cesta básica, além de seguro-desemprego e equipamentos de proteção. Porém, quase nada era cumprido. 

A situação era tão grave que o Ministério Público do Trabalho chegou a registrar o caso de uma cortadora de cana que morreu em razão trabalho. Segundo denúncia do Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Rurais de Agudos, a empresa deu baixa na carteira de trabalho dela com data anterior à da morte.

Fonte: Terra
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