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Polícia

SP: em enterro, família de dentista queimado em assalto cobra apuração

Alexandre Peçanha Gaddy morreu na segunda-feira por complicações decorrentes de queimaduras em mais de 50% do corpo

4 jun 2013 - 18h17
(atualizado em 5/6/2013 às 06h26)
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<p>Pai, mulher e irmã do dentista morto choram no enterro de Alexandre</p>
Pai, mulher e irmã do dentista morto choram no enterro de Alexandre
Foto: Bruno Santos / Terra

O corpo do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41 anos, queimado durante um assalto em seu consultório no dia 27 de maio, em São José dos Campos (SP), foi enterrado na tarde desta terça-feira no cemitério Gethsemani, zona sul da capital paulista. O dentista morreu na noite de segunda-feira no Hospital Albert Einstein, onde se recuperava de queimaduras em mais de 50% do corpo.

De acordo com o hospital, Gaddy teve um agravamento do quadro geral na tarde de segunda-feira "devido à longa extensão de queimaduras sofridas e sendo a maioria dessas lesões de terceiro grau".

O presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo, Pedro Petrere, afirmou, durante o funeral, que na tarde desta terça-feira foi enviado um segundo ofício ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrando uma investigação mais célere do caso. "Neste momento, é muito importante que quem cometeu o crime seja preso rapidamente, para que possam ser julgados exemplarmente. É o que se espera das autoridades", disse.

O pai de Alexandre, Lance Gaddy, 68 anos, diz que seu filho foi morto por um ato covarde. "Não se faz isso com um ser humano. Será que o prazer secundário é roubar e o primário é causar dor? Porque a proposta desses bandidos não foi roubar, a proposta foi machucar. A polícia tem que procurar o criminoso", queixou-se. Ele ainda questionou a investigação feita até agora. "A primeira perícia foi feita 'porcamente'. Queremos que seja feita outra, de forma adequada", disse ele.

O crime

A invasão do consultório de Alexandre Gaddy ocorreu por volta das 21h do dia 27 de maio, na rua Periquitos, Vila Tatetuba, em São José dos Campos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, dois homens encapuzados entraram no consultório de Gaddy e anunciaram o assalto. A dupla decidiu atear fogo em seu corpo por não ter encontrado dinheiro no local. Os dois suspeitos conseguiram fugir.

Gaddy estava consciente quando foi socorrido, e conseguiu narrar a testemunhas o crime. Os criminosos seguem foragidos.

Caso semelhante

O caso de São José dos Campos se assemelha ao da dentista que morreu em São Bernardo do Campo (SP), no último dia 25 de abril, após bandidos terem ateado fogo ao seu corpo por terem ficados bravos ao perceber que ela tinha apenas R$ 30 na conta bancária.

Segundo a Polícia Militar, três bandidos invadiram o consultório de Cinthya Magaly Moutinho de Souza para tentar assaltar o local. Ela teria afirmado que não tinha dinheiro para dar aos assaltantes, que então atearam fogo à dentista, que não resistiu e morreu.

Quatro suspeitos foram detidos pela polícia acusados de participar do crime, entre eles um adolescente de 17 anos, que assumiu ter ateado fogo na vítima.

Fonte: Terra
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