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Polícia

SP: cadela que teve pata colada não sofrerá amputação, diz dono

1 fev 2012 - 18h44
(atualizado às 18h49)
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Géro Bonini
Direto de Botucatu

A poodle de 4 meses Radija, que teve sua pata fraturada colada com Super Bonder por um veterinário de São Manuel, a 264 km de São Paulo, foi operada nesta quarta-feira, no Hospital Veterinário da Unesp, de Botucatu. O proprietário da cadela, José Luiz Padovan, afirmou que o animal ainda corre o risco de ter sequelas, mas que a amputação foi descartada.

Animal passou por cirurgia nesta quarta-feira
Animal passou por cirurgia nesta quarta-feira
Foto: Géro Bonini / Especial para Terra

"Foi tudo bem na cirurgia, e ela está reagindo de forma positiva. Os veterinários da Unesp disseram que ela pode ficar com dificuldades para andar em função da demora e do tratamento errado feito anteriormente, com a cola. Mesmo assim, estamos muito felizes. Os veterinários disseram que ela não precisará amputar a patinha", explicou Padovan.

Poucas horas depois da cirurgia, Radija foi liberada e voltou para casa. "Ela ainda está um pouco quietinha, mas é apenas um filhote. Vamos acompanhar a evolução dela e torcer para que agora saia tudo bem", destacou o dono.

Padovan afirmou que já procurou advogados para processar o médico veterinário Airton Romão, responsável por colar a pata junto ao tórax da cachorra. "Fizemos o boletim de ocorrência por maus tratos e, agora, procuramos uma advogada. Ele terá que responder pelo risco que colocou a Radija. Queremos Justiça. O que ele fez com ela, pode fazer com o animal de qualquer pessoa", completou.

A Polícia Civil de São Manuel segue investigando o caso, e a delegacia do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) informou que abrirá uma sindicância a partir da qual Romão poderá ser advertido ou até ter seu registro suspenso.

Veterinário nega maus tratos

O veterinário Airton Romão afirma que utilizar a cola não foi nenhuma novidades. "Não teve maus tratos. A cola já é usada na medicina há muito tempo, pois o esparadrapo tem cola, só que a força adesiva é baixa, solta com facilidade e abafa a pele, então uso produto mais adesivo e de longa duração (cola instantânea), pois preciso de mais ou menos 30 dias para a consolidação de fraturas, ocasião em que a cola se desfaz", apontou.

O médico ainda disse que trabalha com animais desde pequeno. "O meu perfil profissional está traçado desde a minha infância, recolhendo animais abandonados pelas ruas. O que a mão direita faz, a esquerda não precisa saber, mas mantenho em casa animais atropelados, que foram trazidos com várias fraturas para serem sacrificados", completou.

Fonte: Especial para Terra
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