PUBLICIDADE

Polícia

SP: agentes penitenciários aceitam proposta e encerram greve

26 mar 2014 - 22h56
(atualizado às 22h57)
Compartilhar
Exibir comentários

Após 15 dias de greve e dois de negociação com o governo do Estado, os agentes penitenciários de São Paulo decidiram na noite desta quarta-feira aceitar a proposta apresentada pelo governo e encerrar a paralisação da categoria, iniciada em 10 de março. Eles retornam ao trabalho a partir da 0h desta quinta-feira.

A decisão, tomada em 19 assembleias realizadas na capital e interior do Estado, foi apertada: em 11 assembleias (Balbinos, São José do Rio Preto, São Vicente, Bauru, Marília, Assis, Avaré, Mirandópolis, Andradina, Franco da Rocha e Campinas), os agentes decidiram pelo fim do movimento. Em oito (Suzano, Taubaté, Sorocaba, Lucélia, Ribeirão Preto, Itapetininga, Presidente Prudente e São Paulo) os agentes votara pela continuidade da paralisação.

“Tivemos uma decisão apertada, a categoria está dividida, mas uma maioria optou pela volta ao trabalho e então vamos voltar. Mas o importante é que, apesar da decisão apertada, a greve mostrou que a categoria está amadurecida e vai aceitar a decisão da maioria”, declarou João Alfredo de Oliveira, diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp).  “Foi uma vitória da categoria, que está unida e soube fazer um movimento sem baderna, sem quebra-quebra, com responsabilidade”, completou Oliveira.

A proposta do governo foi aceita pela comissão unificada de greve depois de oito horas de rodada de negociação nesta quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes. A rodada foi intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que chamou as partes para uma tentativa de acordo. Os grevistas suspenderam a paralisação por 48 horas para negociar, mas o primeiro dia de negociação terminou sem acordo. No segundo dia, nesta quarta, foram necessárias oito horas de reunião para se chegar a uma proposta que agradasse os dois lados.

Pela proposta do governo, apenas um nível de carreira será extinto, caindo de oito para sete níveis - os grevistas queriam seis níveis. Mas o governo concordou em dar reajustes que variam conforme o nível e a conceder promoção imediata a todos servidores, o que na prática reajusta os salários entre 7,7% a 11,9%.  Para o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), o reajuste é razoável, porque mais da metade dos 37 mil servidores do sistema prisional, que estão enquadrados entre a terceira e quinta classes, terão reajustes entre 9,2% e 11,9%.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/">Sistema prisional do Brasil</a>
Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade