Sobrevivente do massacre de Realengo está em coma induzido
Valdeci José Pereira, de 44 anos, pai de um dos sobreviventes do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, falou nesta sexta-feira sobre o estado de saúde do filho. A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil havia informado apenas as iniciais dos feridos, mas o pai disse que seu filho Luan Vitor, 13 anos, está em coma induzido, porém respira sem ajuda de aparelhos.
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O estudante está internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. A pasta informou que ele foi baleado no olho direito e operado. Segundo Valdeci, o quadro de Luan será avaliado novamente no domingo ou na segunda-feira, para saber se ele poderá ser retirado do coma.
A Secretaria de Saúde disse em nota que há um ferido em estado grave, internado no Hospital Estadual Albert Schweitzer. É E.C., 14 anos, que foi baleado no abdome e na mão.
Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão de Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.