A Justiça Federal de Minas Gerais aceitou uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Antônio Donato Baudson Peret, 25 anos, que ficou famoso após postar uma foto na rede social Facebook enforcando um morador de rua e fazendo apologia ao nazismo. O auxiliar de ourives foi preso no dia 14 de abril, em uma operação da Guarda Municipal (GM) de Americana, no interior de São Paulo. Procurado pela polícia de Belo Horizonte, ele estava com a namorada que mora em São Paulo, e ambos voltavam da casa da avó da jovem.
Segundo a assessoria da Justiça Federal mineira, a juíza da 9º Vara Federal, Raquel Vasconcelos Alves de Lima, aceitou a denúncia contra Peret e mais dois acusados, que não tiveram os nomes revelados, no dia 27 de maio. No dia do recebimento da denúncia, a magistrada decretou sigilo do processo.
A Delegacia de Crimes Cibernéticos também investigou a relação de Donato com os trotes nazistas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Apesar de negar, Antônio é acusado de no mínimo seis ocorrências em Minas Gerais, sendo elas lesão corporal, ameaça e agressão. De acordo com a Polícia Civil, os alvos sempre são negros, moradores de rua e homossexuais.
Conforme a polícia gaúcha, há células neonazistas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, além de outros locais investigados
Foto: Polícia Civil / Divulgação
Os neonazistas costumam tatuar o corpo com diversos símbolos e desenhos que fazem apologia à doutrina de Hitler
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Há ligações entre neonazistas brasileiros e argentinos, devido ao histórico do país vizinho de abrigar fugitivos após a 2ª Guerra Mundial
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No Rio Grande do Sul, 35 pessoas foram indiciadas por neonazismo nos últimos 10 anos
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"Eles são de uma agressividade muito grande e seguem uma ideia de que não se deve apenas derrotar o inimigo, mas humilhá-lo, acabar com ele, impor o medo", afirma o delegado Paulo César Jardim
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Inspirados pela ideologia de Adolf Hitler, os neonazistas pregam o ódio e a discriminação contra negros, judeus e homossexuais
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Conforme a polícia, há encontros periódicos entre neonazistas, como em Santa Catarina
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Mulheres também se integram ao movimento e participam das ações violentas
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No código de condutas de um neonazista, um dos requisitos é saber lutar e andar armado, estando sempre pronto para um combate
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Conforme a lei 7.716, de 1989, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" prevê pena de até três anos de reclusão
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"Se as pessoas identificá-los em algum local, é interessante sair de perto, pois eles são sinônimo de confusão", recomenda o delegado Paulo César Jardim