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Polícia

SC tem 1ª madrugada sem ataques desde início de onda de violência

19 nov 2012 - 10h48
(atualizado às 11h09)
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Santa Catarina passou a primeira madrugada sem registro de ocorrências relacionadas aos atos de violência iniciados há uma semana. De acordo com a Polícia Militar (PM) catarinense, o último ataque ocorreu às 22h de domingo, quando um ônibus foi apedrejado na cidade de Criciúma, sul do Estado.

Mesmo com o clima de aparente tranquilidade e da presença de policiais militares nas ruas, usuários do transporte coletivo de Florianópolis dizem "rezar" ao entrar em ônibus nesta quinta-feira
Mesmo com o clima de aparente tranquilidade e da presença de policiais militares nas ruas, usuários do transporte coletivo de Florianópolis dizem "rezar" ao entrar em ônibus nesta quinta-feira
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra

Veja onde ocorreram ataques em SC

Desde o início dos ataques, a polícia registrou 68 ocorrências, entre elas, 27 ônibus incendiados, em 16 municípios. Quarenta e sete suspeitos de envolvimento estão presos e três pessoas, todas apontados pela polícia como responsáveis pelos crimes, morreram.

Segundo o major Alessandro Marques, da assessoria de imprensa da PM, a situação ficou mais crítica entre terça-feira e quinta-feira da semana passada. Nos três dias, houve 49 ataques. A partir de então, as ocorrências começaram a diminuir. Ontem foram registradas três.

"O trabalho de inteligência associado à mobilização das forças de segurança estaduais ajudou a inibir a ação dos criminosos. A PM continua mobilizada para garantir a segurança da população", disse ele, ao acrescentar que aproximadamente 5 mil ônibus foram escoltados por equipes da corporação desde o início dos ataques.

Violência em SC

Desde o dia 12 novembro, o Estado de Santa Catarina registrou uma série de atentados, com mais de 20 ataques contra ônibus e bases da polícia. Enquanto os coletivos foram alvos somente de incêndio, algumas bases policiais também foram alvejadas. Na região norte de Florianópolis, o carro de um policial civil foi incendiado. Ao todo, a polícia prendeu 27 suspeitos de participação nos crimes, sendo 12 adolescentes.

Na segunda-feira, dia 12, uma funcionária de uma empresa de administração prisional recebeu uma mensagem no celular que avisava sobre os ataques, que seriam uma represália a supostos maus tratos ocorridos dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, afirmou que os atentados ocorridos em Florianópolis podem ter sido uma imitação dos ataques ocorridos nos últimos dias em São Paulo, onde mais de 90 policiais foram mortos desde o início do ano.

Agência Brasil Agência Brasil
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