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Polícia

SC: governo rebate acusação de que estaria "inerte" a ataques

14 nov 2012 - 19h41
(atualizado às 19h49)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), rechaçou acusações de que as autoridades do Estado estariam "inertes" diante da série de atentados que ocorreram em municípios nas últimas 40 horas.

Em coletiva realizada na Casa D'Agronômica no início da noite desta quarta-feira, Colombo ressaltou que as autoridades estariam atuando no combate às ocorrências. "Existem questões que são estratégicas e que não podem ser confundidas com inércia ou passividade", disse. "Estamos atentos e com todo o efetivo pronto para usar as forças necessárias para defender a população".

Ele destacou ações do governo em relação à política de ressocialização de presos em várias unidades do Estado. "Infelizmente nesse momento aparecem as más notícias", disse. "Mas estamos fazendo, estamos trabalhando e essa onda de violência será contida".

O governador informou ainda o afastamento do diretor do complexo penitenciário de São Pedro de Alcantara, apontado como foco do problema. Carlos Alves teve a esposa assassinada a tiros em outubro passado. "Ele pediu o afastamento devido ao crime, para que possa definir a sua vida pessoal", afirmou.

O comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, destacou que as ações de repressão ao tráfico de drogas poderiam ter causado esse tipo de reação por parte dos criminosos. "Há um acirramento devido à ação ostensiva das autoridades de segurança", afirmou. "A questão do tráfico de drogas é um problema da polícia brasileira".

Ao fim da coletiva, o governador Raimundo Colombo ainda afirmou que todo o efetivo policial estaria na rua para evitar novos ataques nas próximas madrugadas. "Estamos trabalhando 24 horas para conter essa onda de violência", disse.

Violência em SC

A partir do dia 12 novembro, o Estado de Santa Catarina registrou uma série de atentados, com mais de 20 ataques contra ônibus e bases da polícia. Enquanto os coletivos foram alvos somente de incêndio, algumas bases policiais também foram alvejadas. Na região norte de Florianópolis, o carro de um policial civil foi incendiado. Ao todo, a polícia prendeu 27 suspeitos de participação nos crimes, sendo 12 adolescentes.

Na segunda-feira, dia 12, uma funcionária de uma empresa de administração prisional recebeu uma mensagem no celular que avisava sobre os ataques, que seriam uma represália a supostos maus tratos ocorridos dentro da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, afirmou que os atentados ocorridos em Florianópolis podem ter sido uma imitação dos ataques ocorridos nos últimos dias em São Paulo, onde mais de 90 policiais foram mortos desde o início do ano.

Pela segunda noite consecutiva, ônibus foram incendiados em Florianópolis
Pela segunda noite consecutiva, ônibus foram incendiados em Florianópolis
Foto: Eduardo Valente / Futura Press
Fonte: Especial para Terra
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