Salvador registra 55 homicídios desde início da greve da PM
Chegou a 55 o número de homicídios registrados em Salvador desde o início da greve de policiais militares, na madrugada de quarta-feira. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), 31 pessoas foram assassinadas somente ontem.
Neste sábado, a capital baiana já somou três homicídios. Dois homens morreram durante a madrugada e um terceiro perdeu a vida por volta das 10h20.
Ontem, apenas no bairro de Pituaçu, foram mortas quatro pessoas de identidade ignorada. Também foram registrados homicídios nos bairros de Ipitanga, Sete de Abril, Baixa do Fiscal, Engomadeira, Madre de Deus, Jaguaribe, Bom Juá, Vila Canária, Palestina, Piedade, Cosme de Farias, Canabrava e Liberdade. Do total de mortos de sexta-feira, 17 ainda estão sem identificação.
O número de homicídios encabeça uma série de ocorrências que, segundo os relatos disponíveis até o momento, compõem um quadro de caos e insegurança em Salvador. Há informações sobre saques em estabelecimentos comerciais de diversos pontos da cidade. A Polícia Militar prendeu oito pessoas que arrombaram uma loja de eletroeletrônicos na Baixa dos Sapateiros. Outros três foram presos ontem à tarde, suspeitos de realizar arrastões no Vale das Pedrinhas. Boatos de assaltos na região do Rio Vermelho assustaram moradores e comerciantes da região. O comércio fechou as portas, inclusive a loja do Bompreço, que fica no bairro.
Na manhã de hoje, tropas da Polícia do Exército ocupavam alguns bairros da capital baiana. Militares do Batalhão fizeram blitz na Avenida Manoel Dias, na Pituba, nas ruas do fim de linha da Barroquinha, além da região do Comércio e do Centro Histórico de Salvador. Ontem, a cidade contou ainda com a chegada de 150 homens da Força Nacional de Segurança. Além disso, 250 fuzileiros navais da Marinha foram acionados para garantir a segurança de portos e terminais de embarque. A Força Aérea Brasileira (FAB), por sua vez, designou cerca de 400 militares para cuidar do funcionamento regular dos aeroportos públicos em todo o Estado.
A Bahia tem cerca de 10 mil policiais militares em greve. A categoria reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo e anistia, revisão do valor do auxílio alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
Na quinta-feira, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando a ilegalidade da greve dos policiais militares e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra - BA) suspenda o movimento grevista. A decisão deveria ser cumprida de imediato, sob pena de multa de R$ 80 mil, por cada dia de paralisação.
-1ibh3zk5f50f7.jpg)
-vbk6fubxoyg3.png)
