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Polícia

RS: operação prende acusados de adulterar leite

Produto era modificado com a adição de água ou outras substâncias, como açucar e sal, além de misturado com leite velho

13 mai 2015 - 11h36
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpre, nesta quarta-feira (13), seis mandados de prisão preventiva, três de prisão cautelar e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos, na região Norte do Estado. Também há ordem judicial para apreensão de quatro caminhões. Participam, ainda, da operação integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Receita Estadual. 

Adição de substâncias aumentava o volume do leite
Adição de substâncias aumentava o volume do leite
Foto: MP-RS / Divulgação

Conforme as investigações da Operação Leite Compensado 8, 39 laudos elaborados pelos laboratórios da Univates e da Alac (que são credenciados ao Mapa), sendo 22 referentes a coletas realizadas pelo Mapa nos dias 9, 10, 11 e 30 de março deste ano, apontaram que houve fraude pela adição de água dos leites crus refrigerados entregues pela Transportes Odair Ltda. e recebido pela Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul (Coopasul). Também foi detectada alteração na densidade do leite (por adição de produtos como sal, açúcar ou amido de milho, por exemplo), acidez elevada (que indica a deterioração por microorganismos) e adição de soro de leite. 

Os investigados são um casal proprietário da Transportadora Odair Ltda. (enquanto o marido realizava as adulterações do produto, a esposa era a administradora do esquema delituoso), três motoristas da empresa, que participavam ativamente da adulteração, um responsável pelo laboratório da Coopasul, bem como o próprio Presidente da Cooperativa, que recebia as cargas de leite adulterado e as dava destinação final, a partir da diluição de leite velho com o leite bom. 

Além disso, as investigações dão conta que o transportador lançou na conta de uma produtora rural até o triplo do leite coletado, o que ‘disfarçaria’ o aumento no volume do leite a partir da adição de água. Foi indicado, inclusive, um escritório de contabilidade para ‘ajeitar’ o imposto de renda da produtora. 

Fonte: Terra
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