Operação combate crime chefiado por "prefeitos" de presídio
Agentes da Polícia Militar e do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul executaram na manhã desta terça-feira uma operação de combate ao crime organizado por líderes presos no Presídio Central de Porto Alegre. A Operação Praefectus cumpriu 17 mandados de prisão e sete de busca em 10 cidades do Estado.
De acordo com o MP, o grande contingente de presos no Presídio Central obrigou a retirada das celas de dentro das galerias. Isso fez com que surgisse uma nova forma de administração e organização dos detentos, marcada por um menor poder de ação e observação dos policiais, restritos aos corredores, e por um maior controle por parte de presos e suas facções.
O nome da operação é uma referência à figura do “prefeito” ou “chefe” da galeria da prisão, que exerce a função de líder, é responsável pelo controle dos conflitos entre os presos das galerias, pela imposição das regras aos comandados e ainda representa os presos nas reivindicações dirigidas ao comando da segurança. A força destas facções está ligada principalmente ao tráfico de drogas, dentro e fora do presídio.
Segundo o MP, o foco da operação recai sobre as facções dos "prefeitos" das 2ª e 3ª galerias do Presídio Central de Porto Alegre, pertencentes à Facção dos Manos. São cerca de 400 detentos envolvidos. A contribuição dos integrantes da facção é realizada por meio de depósitos bancários, aquisição de cartões telefônicos, utilização da cantina e exploração do tráfico de drogas no interior das galerias e nas regiões dominadas por integrantes da facção.
