RS desiste de usar Força Nacional para proteger Porto Alegre
Capital gaúcha passa por grave crise na segurança pública
Após anunciar que cogitava chamar a Força Nacional para garantir a manutenção da ordem em Porto Alegre, o secretário de segurança do Estado voltou a rechaçar a hipótese. Em entrevista coletiva nesta tarde, Wantuir Jacini reiterou que “um plano de ação já está sendo elaborado pela secretaria em conjunto com a Brigada Militar para garantir o retorno da circulação do transporte coletivo na Capital”. Na noite de ontem seis coletivos foram incendiados por grupos criminosos em suposta retaliação ao assassinato de um traficante.
Conforme Jacini, pelo menos 90 policiais militares serão destacados de outras cidades da região metropolitana para garantir o policiamento em Porto Alegre. O pagamento desses policiais deverá ser feito através de horas extras. Conforme a secretaria, a hipótese mais plausível é de que sejam os mesmos autores de episódios semelhantes:
"O modus operandi indica que foram os mesmos autores em todos os episódios, que usaram motocicletas e uma arma longa. Estamos trabalhando para dar tranquilidade à sociedade", disse.
Após a queima dos ônibus, as linhas que atendem a zona sul da cidade tiveram os itinerários restringindo, não atendendo o interior dos bairros. Após reunião com os órgãos de segurança, as empresas que atendem a região decidiram retomar os serviços normalmente na manhã desta quinta-feira (03). Os motoristas da linha de lotação que teve o carro queimado fizeram protesto nesta tarde e, em carreata, passaram com o veículo queimado em frente à sede do Executivo gaúcho pedindo por mais segurança.
Até agora, uma pessoa foi presa por envolvimento no ataque. A polícia civil investiga o caso da morte do jovem de 18 anos que teria sido o estopim dos incêndios. Supostamente, o rapaz foi morto em confronto com a Brigada Militar na tarde de ontem.
