PUBLICIDADE

Polícia

RS: delegada diz que conteúdo pornográfico infantil era vendido na web

21 mai 2013 - 12h03
(atualizado às 12h58)
Compartilhar
Exibir comentários

A Polícia Federal apreendeu, nesta terça-feira, durante a Operação Protege diversas mídias e computadores que continham imagens de meninos e meninas abusados. A ação ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre e faz parte de cinco investigações, sendo que em uma delas existe a suspeita de produção de conteúdo pornográfico infantil, que era vendido na internet.

Delegada da Polícia Federal responsável pela operação contra pedofilia no RS, Diana Calazans Mann
Delegada da Polícia Federal responsável pela operação contra pedofilia no RS, Diana Calazans Mann
Foto: Daniel Favero / Terra

Batismo de fogo: veja nomes “inusitados“das operações policiais

Um dos casos foi denunciado por uma adolescente que foi vítima de abusos. “Não sabemos se chegamos ao produtor, mas encontramos a pessoa que fez o upload (publicação) do vídeo”, informou a delegada responsável pela Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, Diana Calazans. O material era divulgado em redes sociais, redes privadas e por troca de e-mails.

“Esse material vai ser analisado pelos peritos e depois essas pessoas serão ouvidas e possivelmente indiciadas”, disse. Eles podem ser indiciados por produção, divulgação e posse, com penas que variam de dois a oito anos de reclusão. No entanto, ninguém foi preso e os suspeitos devem responder pelos crimes em liberdade.

Segundo a delegada, a maioria do material pornográfico infantil já circula pela internet, mas imagens novas chegam a valer um bom dinheiro. “Chegamos a pessoas que têm sites de venda de material pornográfico, eles alegam que vendiam pornografia adulta, o que não é crime, mas vamos investigar se dentro disso havia mais casos de comercialização de pornografia infantil, salientou a delegada. Os sites ofereciam o material por meio de assinatura, outros lucravam com o sistema de patrocínio de links, além do material que seria produzido para ser vendido.

“Não existe perfil do autor, a sociedade gostaria que existisse. Pode ser qualquer pessoa, pode ser uma faceta, alguém que só vise lucro. Imagens novas de pornografia valem muito na internet, não vou falar em valores, pra não ter um resultado negativo”, diz.

Em operações como essas, a preocupação da Polícia Federal é de recolher as imagens para que as vítimas não sofram um processo de revitimização, que acontece quando o material volta a ser divulgado. 

A delegada afirma ainda que existem mecanismos de denúncia no site da Polícia Federal, onde a pessoa pode comunicar esse tipo de crime em um endereço da internet, ou através do Disque 100.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade