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Polícia

RJ: turista alemão baleado diz que pensava estar seguro com UPP

11 jun 2013 - 14h02
(atualizado às 14h04)
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O turista alemão Daniel Franklin, 25 anos, saiu do hospital após 11 dias internado, no Rio de Janeiro
O turista alemão Daniel Franklin, 25 anos, saiu do hospital após 11 dias internado, no Rio de Janeiro
Foto: Alessandro Buzas / Futura Press

O turista alemão Daniel Franklin, 25 anos, baleado na Favela da Rocinha no dia 31 de maio, recebeu alta da Casa de Saúde São José, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira. Daniel disse que foi até a comunidade porque garantiram a ele que lá havia segurança. "Não estava escrito nada sobre ali ser um lugar perigoso. Sempre disseram que a UPP havia acalmado as coisas", afirmou o turista.

Daniel dede visitar o Corcovado nesta terça-feira, acompanhado por um destacamento dos bombeiros. A visita seria pela manhã, mas o diretor médico do hospital, Eduardo Gouvêa, achou mais prudente mantê-lo no hospital. "É parte da recuperação de alguém que foi operado há dez dias", explicou.

O rapaz, no entanto, fez questão de ir ao Corcovado. Daniel avaliou, após a experiência, que o Rio ainda tem locais perigosos. "Na verdade, eu assumi os riscos no início. Depois dessa experiência, acho que a Rocinha ainda tem lugares perigosos, lugares que não se deve ir", disse.

O turista afirmou que só foi sozinho até a Rocinha por ter ouvido e lido que estava "tudo calmo". "Não está nada escrito sobre haver perigo ali. Quem me falou disse que a UPP tinha acalmado as coisas nas favelas, e que nós poderíamos ir lá sozinhos. Procuramos todas as informações e resolvemos ir por conta própria", disse.

A instalação de sinalizações para alertar a população, e principalmente os turistas, com relação às zonas de risco da cidade também foi comentada pelo alemão.  "Não estou certo desta necessidade. O fato é que foi sempre dito para mim que havia segurança na cidade", disse. O debate veio à tona após um engenheiro ter sido baleado na favela da Maré, no fim de semana, após errar o caminho na volta do aeroporto Antonio Carlos Jobim (Galeão). Apesar de defendida por especialistas, a instalação de sinalizações foi descartada pelo prefeito Eduardo Paes. 

Daniel Franklin não descartou uma futura volta ao Rio de Janeiro. "Voltaria, sim, ao Rio. Se tiver a oportunidade e uma razão para voltar, por que não? Eu tenho a mente aberta quanto a isso", disse o turista, que, depois da visita ao Corcovado, vai para um hotel no Castelo antes de retornar à Alemanha, na noite desta terça-feira.

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Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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