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Polícia

RJ: testemunha diz que PMs mataram Juan e queimaram provas

8 jul 2011 - 20h55
(atualizado em 9/7/2011 às 09h30)
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Uma dona de casa que não quis se identificar contou ao Jornal Nacional nesta sexta-feira que testemunhou o assassinato do garoto Juan de Moraes, 11 anos, durante operação da Polícia Militar (PM) na favela Danon, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Ela disse que havia um traficante no local. "Primeiro eles mataram um bandido. Logo após o Juanzinho saiu correndo e eles mataram o Juan e correram atrás do irmão dele. Eles mataram o Juan, esconderam embaixo do sofá e 30 minutos depois apanharam o Juan e jogaram dentro da viatura", afirmou ela.

A ONG Rio da Paz estendeu uma faixa em homenagem ao menino Juan de Moraes na areia da praia de Copacabana, na zona sul do Rio
A ONG Rio da Paz estendeu uma faixa em homenagem ao menino Juan de Moraes na areia da praia de Copacabana, na zona sul do Rio
Foto: Bruno Boppe / Futura Press

O sofá tinha sido abandonado por um morador perto do beco onde Juan foi morto e, de acordo com a testemunha, os policiais voltaram ao local do crime e "queimaram o sofá pra não ter provas". O suposto traficante morto na ação era Igor de Souza Afonso, 17 anos. Juan estava desaparecido desde o dia 20 de junho, após uma operação do 20º BPM (Mesquita) na favela Danon, e foi encontrado 11 dias depois em um rio na divisa dos municípios de Nova Iguaçu e Belford Roxo. Ele foi enterrado na quinta-feira sob forte esquema de segurança em um cemitério em Nova Iguaçu. A família está sob proteção policial.

Fonte: Terra
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