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Polícia

RJ: suspeito de mandar assassinar juíza vai para presídio em Bangu

27 set 2011 - 13h06
(atualizado às 13h18)
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O tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM, de São Gonçalo, e suspeito de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, ficará preso no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo corregedor da Polícia Militar, coronel Ronaldo Menezes, durante entrevista coletiva.

Outros seis policiais suspeitos de participação no crime também serão levados para o mesmo presídio. O tenente-coronel será ouvido na tarde desta terça-feira na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca.

Cláudio de Oliveira foi transferido no fim de agosto para o comando do 22º BPM, na Maré. Segundo a corporação, na época da transferência o oficial ainda não estava entre os suspeitos de participar do crime. O subcomandante do 22º BPM assume a unidade interinamente. A prisão decretada na noite de segunda-feira tem validade de 15 dias.

Charles de Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha e Giovane Falcão Júnior também tiveram a prisão decretada na segunda-feira, mas já estavam detidos acusados de forjar um auto de resistência durante uma operação policial em que o jovem Diego de Souza Beliene, 18 anos, foi morto no Complexo do Salgueiro, São Gonçalo, em junho. A polícia ainda não havia confirmado se o mandado de prisão para Júnior César de Medeiros havia sido cumprido nesta terça-feira.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Missa em homenagem à juíza Patrícia Accio ocorreu na igreja do Carmo, centro do Rio de Janeiro
Missa em homenagem à juíza Patrícia Accio ocorreu na igreja do Carmo, centro do Rio de Janeiro
Foto: Alessandro Buzas / Futura Press
Fonte: O Dia
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