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Polícia

RJ: novo comandante revoga anistia a PMs, mas diz que 'ideia é boa'

6 ago 2013 - 18h06
(atualizado em 7/8/2013 às 12h55)
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Menezes foi apresentado pelo secretário Beltrame
Menezes foi apresentado pelo secretário Beltrame
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O novo comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Jose Luís Castro Menezes, anunciou que vai revogar a anistia concedida a policiais militares que tenham cometido delitos de ordem administrativa. O benefício havia sido concedido pelo comandante anterior, coronel Erir da Costa Filho, e foi o estopim para a queda do oficial do comando da tropa.

"Vamos suspender esse ato. A ideia é muito boa, mas vamos rever para que possamos estabelecer critérios, objetivos, e que possa dirimir qualquer questão, para que não fique dúvida sobre objetivo que ele visa a atingir”, afirmou o comandante, aos ser apresentado, ao lado do secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame.

O coronel Luís Castro adiantou que não pretende fazer grandes modificações na estratégia de atuação da PM. Admitiu que fará ajustes, e comecará a discutir mudanças pontuais com o Estado Maior, mas frisou que a corporação tem um planejamento estratégico operacional em curso, e que será seguido.

"Não queremos grande mudança, reinventar a roda. Vou me reunir com meus auxiliares para que possa discutir algumas mudanças. Não é revolução, é continuidade. Alguns ajustes deverão ser feitos."

Outras mudanças

O Estado Maior da PM também foi modificado. O chefe da área operacional será o coronel Paulo Henrique de Morais, que estava à frente das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP). Não foi anunciado o nome do oficial que será responsável pelas UPPs. A parte administrativa ficará a cargo do coronel Ricardo Pacheco, que estava à frente da diretoria de instrução da corporação. Os dois eram cotados para assumir o comando da PM.

Ao ser questionado sobre a mudança, Beltrame deixou bem claro que a anistia concedida pelo coronel Erir foi o estopim para sua demissão do cargo. Beltrame revelou ter sido surpreendido pela decisão e declarou, publicamente, que não concordava com a medida.

"Não foi questão de desalinhamento de concordância de plano estratégico, e sim pela maneira de se comunicar, que tem que ser muito clara", comentou Beltrame, ressaltando que, numa época em que há manifestações cobrando pela atuação de homens públicos, ações que não sejam transparentes geram desgaste.

"A questão foi basicamente de comunicação, de apresentação de respostas à comunidade. Nos últimos dois meses, foi muito mais pela maneira de seus movimentos do que seu conteúdo, justamente num momento em que a sociedade exige transparência do estado. Sem dúvida isso gerou um desgaste", acrescentou o secretário, que não deixou de fazer elogios ao coronel Erir, "um homem abnegado pela PM", segundo suas palavras.

Fonte: Terra
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