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Polícia

RJ: Niterói terá mais 100 PMs e duas companhias destacadas

Cidade da região metropolitana do Rio também terá operações especiais

22 abr 2014 - 14h20
(atualizado às 14h38)
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Governador e secretário de segurança do Rio se encontram com prefeito de Niterói para falar de violência
Governador e secretário de segurança do Rio se encontram com prefeito de Niterói para falar de violência
Foto: Divulgação/Governo do Rio

Sofrendo com episódios de violência nos últimos dias, a  cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, vai ganhar o reforço de cem policiais militares e duas companhias destacadas da Polícia Militar, montadas nas áreas mais preocupantes. Após reunião entre o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, o governo anunciou há pouco que a cidade terá unidades especiais avançadas nas comunidades do Cavalão e de Fonseca (para atender aos bairros de Fonseca e Barretos). O Cavalão, na verdade, já tem uma companhia da PM, mas ela será reformulada.

As regiões foram escolhidas porque os índices de criminalidade estão altos. O reforço policial deve começar na quinta ou sexta-feira.

A secretaria de Segurança anunciou também que além das companhias, a Polícia Civil e a PM realizarão nos próximos dias operações especiais em Niterói e na Grande Niterói por cerca de dez a quinze dias. Depois, uma nova reunião com a cúpula da Segurança será realizada para avaliar se as medidas foram eficazes e se precisam ser reformuladas.

Questionado sobre se seria o caso de pedir ajuda ao governo federal ou solicitar o apoio da Força Nacional de Segurança para atuar na cidade, Beltrame disse que não tem problema em pedir auxílio à União, mas afirmou que no primeiro momento o governo tomará as medidas anunciadas nesta terça-feira. O governador também disse que espera que as medidas tenham resultado positivo.

"Quero me solidarizar com o prefeito e a cidade pelos últimos acontecimentos. Temos enfrentado todas as ações que acontecem. Temos mais ações a fazer aqui. Se precisar de mais ajuda, vamos pedir. Mas achamos que, com as medidas que vamos tomar, daremos uma resposta a essa movimentação", afirmou o governador.

Para Pezão, segurança tem sido um "mantra" para o governo. "Nunca se prendeu tanto, nunca se combateu o crime como nós combatemos. Segurança pública continua a ser o nosso mantra", afirmou.

Necessidade de debater "problemas latino-americanos"

O secretário Beltrame disse que é preciso trabalhar de forma organizada. "Todo cidadão merece segurança. Mas não adianta trabalhar de forma atabalhoada. Vamos agir em cima de uma mancha criminal. Não podemos deixar Niterói ou qualquer outra cidade de fora", afirmou. Na opinião dele, a sociedade precisa aprofundar o debate sobre violência. "Está na hora da sociedade levantar outros questionamentos. Há a necessidade de se discutir fronteira, reforma penal, crack, maioridade. Esses problemas são latino-americanos. Temos que sair da discussão bandido-polícia", afirmou Beltrame.

O prefeito de Niterói disse que vai cooperar com as polícias. "Vamos fazer o que nos compete. Continuar cooperando com as forças do estado. Maior do que os problemas que Niterói tem vivido é o nosso sentimento de orgulho em relação à cidade. Com a integração da sociedade civil e do governo do Rio, vamos superar esses problemas", disse o prefeito Rodrigo Neves.

Nesta terça-feira, bandidos trocaram tiros entre si no Morro do Cavalão. No final de semana, um protesto na comunidade do Caramujo, em Niterói, fechou os dois sentidos da rodovia RJ-104 e acabou com veículos incendiados. A manifestação teria acontecido devido à morte de duas pessoas na comunidade.

Fonte: Terra
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