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Polícia

RJ: morto durante protestos tinha problemas mentais

23 abr 2014 - 17h38
(atualizado às 17h39)
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O morador da favela do Pavão-Pavãozinho que morreu com um tiro na cabeça na noite de terça-feira, durante protesto em Copacabana pela morte de um dançarino, tinha problemas mentais e já havia roubado uma cabine da Polícia Militar (PM). Edilson da Silva Santos, 26 anos, morava com a família que o criou na favela e já foi internado em um manicômio judiciário. Segundo a irmã de criação dele, Sarahjane Souza dos Santos, 16 anos, Edilson foi criado pela mãe dela, a auxiliar de serviços gerais Simone Hilária Sousa.

Menino de rua, Edilson foi criado por Simone com a ajuda de outros moradores da favela. De acordo com Sarahjane, ele chegou a morar dentro de um carro velho na favela e recebia comida de Simone. Há cerca de dois anos, a auxiliar de serviços gerais construiu um "puxadinho" para ele na favela. "Ele roubou o alumínio de uma cabine da polícia na Lagoa uma vez e foi preso. Aí levaram ele para o manicômio judiciário, onde ele deu o nome e o telefone da minha mãe como referência. A Justiça perguntou se a minha mãe queria ter a guarda dele e ela disse que sim", afirmou Sarahjane.

Bastante abalada, Simone falou rapidamente com o Terra. "A polícia não tem o direito de dar tiro na cara de ninguém", disse a auxiliar de serviços gerais. A família não sabe como Edilson foi morto. "Estava uma nuvem de bomba e gás e ele desceu a favela. Fomos atrás e não achamos ele. Depois soubemos que estava morto", afirmou Sarahjane.

A irmã de criação disse que Edilson não sabia seu nome verdadeiro e gostava de ser chamado de Mateus. "Ele fazia favores para todo mundo, ajudava e todos ajudavam ele", contou.

Segundo Sarahjane, o Instituto Médico Legal informou a Simone que o corpo de Edilson só poderá ser liberado em 72h e, por isso, a família de criação não sabe ainda quando ele será enterrado. A Polícia Civil informou que a morte dele está sendo investigada.

Fonte: Terra
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