PUBLICIDADE

Polícia

RJ: médico de Belford Roxo e vítima vão ficar frente a frente

24 set 2010 - 06h04
Compartilhar

O delegado Antonio Silvino, da 54ª DP (Belford Roxo), no Rio de Janeiro, fará uma acareação entre o médico Deodalto José Ferreira, um dos sócios do Hospital das Clínicas de Belford Roxo, e o viúvo de Lucimar de Paula Dias Carvalho, que morreu no parto com a filha, em 9 de maio, Dia das Mães.

O vigia André Souza Carvalho procurou o delegado no começo do mês acusando o falso médico Silvino da Silva Magalhães, 40, de ter feito a cesariana da mulher. Ele reconheceu Silvino pela foto no jornal. Deodalto, no entanto, afirmou em depoimento à polícia nessa quarta-feira, que que foi ele próprio quem atendeu a paciente naquele dia.

"O médico diz que estava de plantão, e a família diz que era o Silvino, e que o Deodalto só chegou às 18h30. Então, vou colocá-los frente a frente para ver o que acontece, quem tem razão", explicou o delegado, relatando 40 registros de queixas de vítimas do falso médico.

Deodalto e Silvino foram indiciados por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de provocar a morte), exercício ilegal da Medicina e falsificação de documentos.

O atestado de óbito do bebê apontou "causa indeterminada". A morte da mãe foi por "edema dos pulmões, congestionamento das vias aéreas e hipertrofia cardíaca". O viúvo conta que o falso médico alegou eclâmpsia (doença grave que pode afetar gestantes e que tem por característica hipertensão) para a morte de Lucimar, que fez todo o pré-natal e não tinha pressão alta, segundo ele.

Fonte: O Dia
Compartilhar
Publicidade