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Polícia

RJ: Justiça nega transferência de PMs presos por morte de juíza

4 nov 2011 - 21h52
(atualizado às 22h06)
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A Justiça do Rio de Janeiro negou, na quinta-feira, a transferência do tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), e do tenente Daniel Santos Benitez Lopez para um presídio federal fora do Estado. Junto com outros nove policiais, eles são suspeitos de participação na morte da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto. Com a determinação, eles continuam presos em Bangu 1.

Missa em homenagem à juíza Patrícia Accio ocorreu na igreja do Carmo, centro do Rio de Janeiro
Missa em homenagem à juíza Patrícia Accio ocorreu na igreja do Carmo, centro do Rio de Janeiro
Foto: Alessandro Buzas / Futura Press

A transferência de ambos foi solicitada pelo Ministério Público que pedia, ainda, que eles fossem mantidos em regime disciplinar diferenciado, com restrição de comunicação e isolamento para não atrapalharem as investigações. Mas o juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, entendeu que os réus devem continuar em presídio dentro do Estado, com a devida fiscalização.

"A presença dos acusados no Estado do Rio de Janeiro facilita o trabalho a ser desenvolvido durante a instrução criminal. E, a transferência de unidade dentro do mesmo Estado se revela, no momento, inadequada e desnecessária", escreveu.

Na mesma decisão, o juiz marcou para os dias 9, 10, 11, 16, 17 e 18 os depoimentos das cerca de 150 testemunhas de acusação e de defesa, além do interrogatório dos 11 denunciados. A segurança do Fórum de Niterói será reforçada para as audiências a serem realizadas a partir das 9h no plenário do Tribunal do Júri.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Fonte: Terra
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