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Polícia

RJ: escolas do Alemão e da Cruzeiro voltam a funcionar terça

29 nov 2010 - 21h41
(atualizado às 22h51)
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A prefeitura do Rio de Janeiro informou que todas as escolas localizadas na região do Complexo do Alemão e da vila Cruzeiro voltam a funcionar na terça-feira. As unidades estavam fechadas para garantir mais a segurança aos alunos professores e funcionários, após a onda de violência que teve início no dia 21. Uma reunião nesta tarde definiu o reinício das aulas, seguindo as orientações da Secretaria de Segurança Pública.

Terra mostra movimentação da polícia no 'Alemão':

Segundo a prefeitura, exceto as 31 escolas do Complexo do Alemão e da vila Cruzeiro e outras três unidades em Santa Cruz, na zona oeste, as escolas da rede municipal de ensino funcionaram normalmente nesta segunda-feira.

A partir desta semana, a Secretaria Municipal de Educação deve iniciar um trabalho de acolhimento para a comunidade escolar dos dois conjuntos de favelas para desfazer bloqueios e traumas que as crianças, professores e funcionários possam ter sofrido com a onda de violência.

De acordo com a secretaria, o trabalho será realizado por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais.

Violência

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002.

Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro, mais de 120 foram presas e 181 veículos foram incendiados.

Agência Brasil Agência Brasil
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