PUBLICIDADE

Polícia

RJ: desembargadora questiona autoridades após tiroteio em fórum

4 nov 2013 - 12h57
(atualizado às 13h05)
Compartilhar
Exibir comentários
Kayo da Silva Costa, oito anos, voltava da aula de futebol na escolinha do Bangu, quando foi morto no tiroteio
Kayo da Silva Costa, oito anos, voltava da aula de futebol na escolinha do Bangu, quando foi morto no tiroteio
Foto: Facebook / Reprodução

Após a tentativa de invasão do Fórum de Bangu, que resultou na morte de um policial militar e do menino Kayo da Silva Costa, 8 anos, que passava perto do prédio, a desembargadora Leila Mariano rechaçou as críticas à ação do tribunal. “Esse atentado é uma questão de segurança pública, não de segurança institucional. Onde estavam os órgãos de inteligência? Onde estavam os órgãos repressores?”, questionou a desembargadora durante uma coletiva realizada nesta segunda-feira na sede do Tribunal de Justiça, no centro do Rio de Janeiro.

Para a desembargadora, não houve falha na segurança, uma vez que o resgate dos presos foi frustrado e o momento é de reflexão. Mariano, que se reúne amanhã com o governador Sérgio Cabral e com o secretário de segurança José Mariano Beltrame, classificou a ação dos criminosos como única na história do País e lamentou as mortes de Kayo e do PM Alexandre Rodrigues de Oliveira, 39 anos. “O que houve no dia 31 no fórum foi um verdadeiro atentado, algo nunca ocorrido antes no nosso Estado e creio que em nenhum outro Estado da Federação”, afirmou.

O tiroteio ocorreu quando 15 homens armados tentaram resgatar um traficante que estava no Fórum para uma audiência. Eles trocaram tiros com PMs que faziam a segurança do local. Os homens fugiram, mas o traficante que seria alvo deles não foi resgatado. Kayo foi atingido quando voltava do treino na escolinha de futebol do Bangu Atlético Clube e morreu no local.

A desembargadora defendeu a discussão de soluções, entre elas a redução dos trajetos percorridos pelos presos até as salas de audiência, e o uso de videoconferência, e rechaçou a possibilidade de serem realizadas audiências dentro dos presídios. “O caminho não é levar o fórum para o presídio, não é levar advogados, juízes e, principalmente, as partes para lá. O que precisamos é usar os meios eletrônicos”, afirmou.

Segundo a desembargadora, é papel da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) avisar sobre a periculosidade dos presos. “Naquele momento em uma das salas de sessão havia oitiva do Comando Vermelho e em outra do ADA (Amigos dos Amigos). Houve o pedido de segurança, tanto que nenhum preso fugiu, tanto que a ação foi frustrada. O nome do preso, o nome comum, não é o nome de guerra pelo qual ele é conhecido”, disse ao lembrar que a Seap já desaconselhou audiências em outros momentos.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/criancas-homicidios/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/infograficos/criancas-homicidios/iframe.htm">veja o infográfico</a>

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/">Sistema prisional do Brasil</a>
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade