RJ: decretada prisão de suspeitos por morte de policial em UPP
A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva dos cinco acusados pelo ataque contra a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, no conjunto de favelas do Alemão, na zona norte do Rio, ocorrido em julho. No atentado, a policial militar Fabiana Aparecida de Souza, 30 anos, foi morta após ser atingida por um tiro de fuzil, que atravessou seu colete.
Marcelo Moreira Reis, conhecido como "Marcelinho da CDD"; Regis Eduardo Batista, o "RG"; Eduardo Luiz Paixão, vulgo "2D" ou "Dudão"; Fernando Cezar Batista Filho, o "Alemão"; e Mayadson Lucas Chaves foram denunciados pela morte de Fabiana. A prisão preventiva deles foi decretada pela juíza Ludmila Lins da Silva, da 1ª Vara Criminal da Capital.
Dos acusados, apenas RG está preso. Ele se entregou à polícia três dias após o ataque à UPP. O criminoso é apontado pela Polícia Civil como um dos homens de confiança do traficante Luís Fernando Nascimento Ferreira, o Nando Bacalhau, líder do tráfico de drogas no Morro do Chapadão, na zona norte da cidade. Contra RG já existem 27 mandados de prisão, sendo pelo menos sete por homicídio.
A base da UPP Nova Brasília foi atacada na noite do dia 23 de julho. De acordo com a polícia, criminosos atiraram contra a fachada do prédio. Fabiana, que trabalhava no local, foi atingida no peito. Ela chegou a ser encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu.
Os complexos do Alemão e da Penha foram ocupados pelo Exército e pela Polícia Militar em novembro de 2010. Em abril deste ano, a Força de Pacificação, composta pelos militares, começou a ser substituída pelas UPPs, que assumiram desde então o policiamento das comunidades. A UPP da comunidade da Nova Brasília foi a primeira das oito a serem inauguradas nos complexos de favelas.