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Polícia

RJ: corregedoria exuma corpos de vítimas de ação forjada por policiais

5 jun 2013 - 20h40
(atualizado às 20h46)
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Os corpos de Douglas Vinicius da Silva, 22 anos, e Ewerton Luiz da Cruz Neves, 25 anos, mortos durante operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) na Favela do Rola, no Rio de Janeiro, em agosto de 2012, foram exumados nesta quarta-feira, como parte da investigação da Corregedoria Interna da Policia Civil (Coinpol). 

A exumação pedida pela Coinpol, que investiga a ação em que policiais alteraram a cena de uma operação de combate ao crime que resultou em cinco mortos, foi deferida pela Justiça nesta terça-feira. 

Segundo a Polícia Civil, a exumação foi acompanhada por um delegado de polícia, agentes da Coinpol e peritos legistas do Instituto Médico Legal (IML). O defensor público Eduardo Januário, do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro, também participou do processo, a convite da polícia. 

As investigações indicam que os mortos durante a ação não estavam em confronto com a polícia, e, sim, foram vítimas dos agentes. Para a Justiça, a exumação justificou-se pelo fato de não terem sido localizados dois projéteis nos corpos de Douglas e Ewerton, constando os orifícios de entrada, mas não os de saída.

Caso sejam encontrados projéteis nos corpos exumados, a exumação também servirá para a realização de perícia de confronto balístico com as armas apreendidas e usadas pelos policias da Core no dia da ação. Os cadáveres foram encaminhados ao IML, onde será feita a perícia de exumação.

Além de Douglas e Ewerton, outros três homens também morreram na favela do Rola durante a incursão policial. A operação tinha como objetivo localizar o traficante Diego de Souza Feitosa, conhecido como DG. Ele estava preso na 26ª DP, e foi resgatado do distrito policial por um grupo de criminosos. O traficante acabou morto em outra operação no Complexo da Maré, em abril deste ano.

Fonte: Terra
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