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Polícia

RJ: amigo de DG diz que eles sofreram ameaças de PMs

24 abr 2014 - 23h28
(atualizado às 23h30)
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O artista e bombeiro civil Paulo Henrique dos Santos, 37 anos, amigo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira (conhecido como DG), foi nesta quinta-feira à delegacia para denunciar que os dois sofreram ameaças de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão-Pavãozinho, na zona sul da capital fluminense, no sábado de madrugada. A informação sobre a ida à delegacia é do advogado da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Rodrigo Mondego, que acompanha o caso.

Santos informou mais cedo que foi abordado por policiais que o chamaram de bandido. "Uma guarnição da UPP Pavão-Pavãozinho composta de nove militares chegou para mim e ficou falando que eu era bandido, que eu era vagabundo, que vivia no meio de um monte de marginal", relatou o artista, que disse morar na comunidade há 37 anos. O bombeiro civil contou que, no momento da ameaça, eles estavam acompanhados por integrantes do Bonde da Madrugada, grupo em que DG dançava.

"Eu falei pra ele (policial): 'Ali na frente onde eu estava, onde o senhor está falando que tem um monte de bandidos, de traficante, tem pessoas do bem, inclusive pessoas do Bonde da Madrugada, da (apresentadora) Regina Casé, do (programa da TV Globo) Esquenta'". Santos relatou que disse ao policial que ele e DG gravariam um clipe. "Ele falou: 'Quem? O DG do Esquenta? Eu sei em que esquenta ele trabalha. Ele também é bandido".

O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira foi encontrado morto na terça-feira em uma creche na comunidade. A Polícia Civil investiga se há envolvimento de PMs na morte do rapaz.

Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), os policiais não sabiam que o rapaz foi morto e só descobriram o corpo depois, junto com peritos da Polícia Civil. Um procedimento apuratório foi aberto pela CPP.

Agência Brasil Agência Brasil
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