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Polícia

RJ: alunos de escola alvo de chacina são diplomados por bombeiros

16 set 2011 - 14h36
(atualizado às 14h40)
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O Corpo de Bombeiros de Realengo, no Rio de Janeiro, realiza nesta sexta-feira a primeira formatura do Curso de Bombeiro Mirim 2011. A turma é formada por alunos da Escola Tasso da Silveira. O 2º sargento Sérgio Pimenta, responsável pelo curso, escolheu a escola devido à tragédia que aconteceu na unidade em abril de 2011. Segundo Pimenta, o curso ajudou as crianças a recuperarem a autoestima.

Alunos da escola tentam retomar a rotina nesta segunda-feira
Alunos da escola tentam retomar a rotina nesta segunda-feira
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press

O curso aborda diversos assuntos como ética, combate a incêndio, primeiros socorros, doenças sexualmente transmissíveis (DST), direitos e deveres do cidadão e prevenção às drogas. Todos os formandos receberã um diploma oficial do Corpo de Bombeiros.

Tragédia em Realengo
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril de 2011. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Em uma carta encontrada com ele, Wellington pediu perdão a Deus e deixou instruções para o próprio enterro - entre elas que nenhuma pessoa "impura" tocasse seu corpo.

Dias depois, a polícia divulgou fotos e vídeos em que o atirador aparece se preparando para o ataque durante meses. Em um deles, Wellington justificou o massacre por ter sido vítima de "bullying" praticado por "cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem". Na casa dele, foram encontradas diversas anotações que mostraram uma fixação pelos ataques de 11 de setembro de 2001. O atirador acabou enterrado como indigente 15 dias após o massacre, já que nenhum familiar foi ao Instituto Médico Legal (IML) liberar o corpo.

Fonte: O Dia
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