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Polícia

RJ: acusada de tráfico é presa ao tentar fazer plástica

24 ago 2011 - 02h20
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FLÁVIO ARAÚJO

Procurada por tráfico de drogas, Cláudia Maria Silva da Costa, 39 anos, foi presa na noite de segunda-feira quando fazia consulta no setor de cirurgia plástica do Hospital Central do Exército (HCE), em Benfica, no Rio de Janeiro. Contra ela, havia mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Denúncia anônima levou policiais da 21ª DP (Bonsucesso) à Cláudia Maria e, de acordo com investigações, ela pretendia fazer uma intervenção estética no abdome com médico particular, que usaria as instalações do HCE através de um convênio.

"É uma prisão importante, de uma traficante muito procurada no Rio e braço-direito de um dos foragidos mais perigosos da cidade", comentou a delegada titular da 17ªDP (São Cristóvão), Monique Vidal, onde a prisão foi registrada. Cláudia é mulher de Claudemir Silva Paixão, o Negão da 12, de 44 anos, chefe do tráfico no Complexo de Vaz Lobo, dominado pelo Comando Vermelho (CV).

Segundo a delegada, além de ser envolvido com o tráfico, o casal domina atividades ilegais nas comunidades Congonha, Quieto, Terço, Cajueiro, Faz Quem Quer e Vaz Lobo, zona norte do Rio. Cláudia controlaria o gatonet, gatovelox, distribuição de água e gás, além de cobrança de taxa sobre mototaxistas.

A polícia trabalha agora com detalhes do depoimento de Cláudia Maria que podem levar à prisão de integrantes da quadrilha. As investigações apontam para a suspeita de que Negão da 12 esteja escondido no Morro do Cajueiro. Em fevereiro, megaoperação com 220 homens da Polícia Civil prendeu 23 suspeitos de integrar o bando chefiado por Claudemir. Na ocasião, ele não foi encontrado.

Negão da 12: Uma longa ficha policial

Claudemir tem extensa ficha policial. Há anotações contra ele desde 1986. Hoje existem quatro mandados de prisão pendentes por tráfico de drogas, homicídio e sequestro. Claudemir recebeu benefício de regime semi-aberto em 2009, mas acabou não retornando à prisão.

Negão da 12 é apontado também como um dos responsáveis pelo assassinato, em 2003, do traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP da favela Dona Marta, em Botafogo.

VP foi morto por represália do Comando Vermelho ao revelar detalhes da organização em entrevistas. A polícia também aponta Claudemir como mandante das tentativas de invasão do Morro da Serrinha, em Madureira, reduto da facção Terceiro Comando.

Fonte: O Dia
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