Rio: Polícia Militar confirma afastamento de comando de UPP
12 set2011 - 10h34
(atualizado às 10h56)
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A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou nesta segunda-feira o comandante e o subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos morros Coroa e Fallet/Fogueteiro, na zona norte da cidade, após denúncia de moradores de que os policiais recebiam propina de traficantes da região.
Em nota, a Polícia Militar informou ontem que o capitão Elton Costa e o tenente Rafael Medeiros foram afastados com base em um inquérito aberto há 60 dias para investigar "um esquema de pagamento de propina em troca do relaxamento das ações de fiscalização e favorecimento da venda de drogas nas comunidades".
Segundo o comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, a investigação está em fase final e deve ser concluída em uma semana. "Não temos indicações de que haja corrupção em outras UPPs, mas estamos atentos todo o tempo. Buscamos manter o monitoramento em todas as unidades, observando o trabalho desenvolvido, e exercendo um papel correcional quando práticas inadequadas são verificadas. Não nos furtaremos de tomar medidas duras, mesmo que os punidos ocupem cargos representativos na hierarquia da instituição."
A rotina de policiamento ostensivo não será alterada, segundo o comandante-geral das UPPs, Robson Rodrigues. Ele adiantou que será criada uma ouvidoria para melhorar a comunicação entre a polícia e a comunidade. "Realizamos reuniões periódicas em todas as comunidades, para que os policiais ouçam as demandas, e é justamente daí que surgem informações importantes. A ouvidoria será mais uma ferramenta de comunicação e de satisfação à sociedade. Além disso, temos um pacote de medidas administrativas, judiciais e operacionais que serão colocadas em prática em breve."
A população pode usar os números 2333-2757 e 2333-2753 e o site www.coordenadoriaupp.com.br para fazer denúncias ou enviar sugestões.
Na segunda-feira passada, três policiais foram presos em flagrante próximo à área da UPP Coroa e Fallet/Fogueteiro com R$ 13 mil dentro de um carro particular. De acordo com Secretaria de Segurança Pública (Seseg), os militares (um sargento e dois soldados) estavam de folga e não souberam explicar a procedência do dinheiro. A UPP da comunidade foi inaugurada em fevereiro deste ano e é a 15ª do Estado.
Blindado das Forças Armadas entra em viela do morro da Mangueira
Foto: Guto Maia / Futura Press
Helicóptero da Polícia Militar sobrevoa o morro da Mangueira durante a operação
Foto: Guto Maia / Futura Press
Militar usa farda camuflada durante ocupação para instalar UPP na Mangueira
Foto: Guto Maia / Futura Press
Policiais do Bope recebem as últimas instruções antes do início da ocupação
Foto: Guto Maia / Futura Press
Militar observa movimentação em cima de blindado
Foto: Guto Maia / Futura Press
Moradores estendem faixa pedindo paz à comunidade
Foto: Douglas Schneidr / Futura Press
Policial toma posição estratégica do morro da Mangueira
Foto: Douglas Schneidr / Futura Press
Viatura do Bope entra em comunidade da Mangueira
Foto: Douglas Schneidr / Futura Press
Policiais do Bope se preparam para hastear bandeira na Mangueira
Foto: Douglas Schneidr / Futura Press
Ocupação transcorreu com tranquilidade, segundo Secretaria de Segurança
Foto: Douglas Schneidr / Futura Press
O Bope hasteou - na parte mais alta da comunidade, conhecida como Caixa D'Água - uma bandeira do Brasil e outra do Rio de Janeiro, para comemorar a ocupação e consequente expulsão dos traficantes
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press
A Caixa D'Água é conhecida por se tratar de um local onde traficantes faziam vigília e monitoravam todas as ações dos policiais durante operações na comunidade
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press
Um helicópetro das polícias Civil e Militar sobrevoaram o local e despejaram uma chuva de papel picado sobre a comunidade
Foto: Douglas Shineidr / Futura Press
Hasteamento das bandeiras do Rio de Janeiro e do Brasil marcaram o fim da operação de ocupação da Mangueira
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Com a ajuda de escavadeiras, policiais derrubam barreiras montadas por traficantes
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Tratores e escavadeiras deram suporte à operação
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Pichações atribuídas a traficantes desdenham da ocupação da favela
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Policiais discutem rumos da operação
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Helicóptero sobrevoa o morro da Mangueira durante hasteamento das bandeiras
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Helicópteros equipados com câmeras transmitiram imagens da operação em tempo real
Foto: Governo do Rio de Janeiro / Divulgação
Moradores de favela observam movimentação de blindados
Foto: Reuters
Chegada de veículos das Forças Armadas chamou a atenção de moradores