Rio: polícia apreende suspeito de matar lutador de jiu-jitsu
- Bartolomeu Brito
A Polícia Civil informou que um adolescente de 17 anos apreendido, na quarta-feira, é suspeito de ser o responsável pela morte do lutador de jiu-jitsu Marco Adriano Cavalcanti, o Marcos Jara, assassinado há aproximadamente três meses, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, Jara e um americano, Brent Garrett Massman, seguiam para Andra dos Reis e foram abordados por bandidos próximo à favela do Aço, no mesmo bairro. Massaman ficou ferido.
A apreensão foi efetuada por policiais civis da 36ª DP (Santa Cruz). O adolescente teria cometido o crime por causa de uma dívida de drogas com o chefe do tráfico de entorpentes da favela do Ação. O garoto devia, segundo a polícia, cerca de R$ 3 mil ao traficante, que teria dado uma pistola para que o menor assaltasse e recuperasse o dinheiro. A polícia informou também que adolescente teve a ajuda de outro garoto de 15 anos.
De acordo com José Moraes, titular da 36ª DP (Santa Cruz), o menor apreendido confessou o crime. Ele teria roubado R$ 15 mil do lutador e do americano e ficado com apenas R$ 5 mil.
A mãe de Jara esteve na sede da chefia de Polícia Civil, no centro, nesta quinta-feira. Muito emocionada, abraçou e agradeceu aos policiais pelo trabalho desenvolvido na prisão do criminoso. "A polícia brasileira é muito competente e em nada deve ao FBI", disse.
Mesmo satisfeita com a prisão, ela afirmou que ainda não consegue perdoar o criminoso. E protestou contra a lei que protege menores infratores. "Eu ainda não consigo perdoar. Só se Deus me der este poder. É a lei brasileira. Aqui é um país onde o menor manda e faz o que quer", afirmou.
Jara teve o carro roubado, um Land Rover, e R$ 15 mil em dinheiro. O corpo foi encontrado, assim como o carro, na favela do Sapo, em Senador Camará, zona oeste do Rio.
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