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Polícia

Rio: PM dobra efetivo no Alemão para tranquilizar moradores

22 jul 2014 - 13h27
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Operação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Operação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Foto: Daniel Amaral / Futura Press

Trezentos homens de outras unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) reforçam o patrulhamento do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, desde o início da manhã desta terça-feira, devido aos confrontos recentes na região. O efetivo ficará no Conjunto de Favelas do Alemão por tempo indeterminado. O comércio no local permanece parcialmente fechado.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 11 unidades escolares estão sem aulas, deixando de atender 5.023 alunos. O serviço do teleférico que atende 12 mil pessoas por dia da comunidade do Alemão está parado desde a última quinta-feira, por medidas de segurança, devido aos intensos tiroteios entre policiais e criminosos.

Desde domingo, os tiroteios deixaram dois mortos e um policial militar ferido. Segundo a Polícia Militar, os dois mortos foram atingidos durante confronto com a polícia. O policial militar segue internado, em observação no Hospital Central da Polícia Militar.

Na madrugada de hoje, policiais voltaram a entrar em confronto com criminosos, durante um patrulhamento no Morro do Alemão, que integra o complexo. Ninguém foi preso ou ferido, segundo a Polícia Militar.

De acordo com o comandante das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, o policiamento foi reforçado principalmente nas comunidades do Alemão, Nova Brasília e Fazendinha para dar maior garantias para que os comerciantes e escolas possam funcionar, além de manter a tranquilidade no complexo.

"Não há possibilidade de recuo no Complexo do Alemão, por isso, estamos empregando homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais, Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães para dar garantias as pessoas que moram na região", disse.

Frederico Caldas disse que na comunidade Nova Brasília foi intensificado o policiamento nas áreas do Beco do Sabino, Largo do G, e também na Sorveteria, devido a topografia do lugar, onde os criminosos costumam se esconder para atacar os policiais.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, condenou a ação de criminosos que atacaram a base da UPP do Complexo do Alemão e balearam um policial no último final de semana. Beltrame garantiu que a polícia não vai mais suportar ações como essa e vai permanecer atuando na comunidade. Segundo ele, o serviço de inteligência está sendo feito e já há, pelo menos, 50 mandados de prisão a serem cumpridos no Alemão. No entanto, ele ressalta que a dificuldade é a localização desses bandidos.

"O Alemão é um lugar muito denso, onde você não tem mobilidade e a polícia não pode transitar com tranquilidade para fazer o patrulhamento, mas a polícia está lá, e é maioria. Nós não vamos voltar atrás nestas ações. Infelizmente, vamos passar por cenas dessa natureza, porque desmanchar um quadro de criminalidade do tamanho que nós tínhamos no Rio de Janeiro não vai acontecer de uma hora para outra. Hoje, nós temos problemas, mas temos uma ação bastante contundente da polícia", disse.

Agência Brasil Agência Brasil
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