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Polícia

Rio: PF vai investigar assassinato de juíza que era ameaçada

12 ago 2011 - 14h14
(atualizado às 14h20)
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A Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro vai investigar o assassinato da juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, ocorrido na noite de quinta-feira, em Niterói. A determinação é do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que atende a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso.

Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Patrícia foi assassinada quando chegava a sua casa, em Niterói
Foto: Reprodução

Em nota, o presidente do STF repudiou a morte da juíza e pediu a apuração rápida do assassinato. "Crimes covardes contra a pessoa de magistrados constituem atentados à independência do Judiciário, ao Estado de direito e à democracia brasileira. A preservação do império da lei em nosso País exige a rápida apuração dos fatos e a punição rigorosa dos responsáveis por este ato de barbárie", disse na nota.

"A juíza Patrícia Lourival Acioli deixa uma lição de profissionalismo, rigor técnico e dedicação à causa do direito. Que esse exemplo sirva de consolo a seus familiares, a quem encaminho minha solidariedade e sinceras condolências", conclui a nota divulgada pelo presidente do Supremo hoje.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Agência Brasil Agência Brasil
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