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Polícia

Rio: manicure mostra traços de psicopatia, dizem especialistas

As informações veiculadas pela imprensa através do delegado que investiga o caso já são suficientes para mostrar as tendências mentais da acusada

3 abr 2013 - 16h39
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<p>A manicure Suzana Figueiredo, 22 anos, confessou ter matado o menino João Felipe, 6 anos, asfixiado</p>
A manicure Suzana Figueiredo, 22 anos, confessou ter matado o menino João Felipe, 6 anos, asfixiado
Foto: Seap / Divulgação

A manicure Suzana Figueiredo, que confessou ter sequestrado, assassinado e guardado o corpo do menino João Felipe Eiras numa mala em Barra do Piraí (RJ), apresenta traços de psicopatia. É o que atestam psiquiatras forenses procurados pelo Terra. Eles afirmam que precisariam ter contato com a acusada para dar um diagnóstico preciso, mas as informações veiculadas pela imprensa através do delegado que investiga o caso já são suficientes para mostrar as tendências mentais de Suzana.

"É uma análise muito inicial, mas, a princípio, ela apresenta características de conduta psicótica. São traços de insensibilidade moral e crueldade", afirmou a psiquiatra forense Katia Mecler, doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista do Instituto Brasileiro de Psiquiatria. "Teria que analisar a conduta de vida dela anterior para ver se ela mostra prazer com as transgressões, frieza, mas é um caso que choca muito pela crueldade."

Suzana ligou para a escola onde João estudava e foi pegá-lo no local antes da mãe. Depois, num quarto de hotel, asfixiou o menino de seis anos. Levou-lhe no colo para casa como se ele estivesse dormindo e guardou o corpo numa mala. Todo o planejamento do crime estava anotado em um caderno. Em depoimento, ela afirmou que queria se vingar da família e que o pai de João a assediava – o que foi negado por ele em depoimento.

"Isso tudo salta muito aos olhos. Este comportamento poderia ter relação com uma psicopatia. Crimes muito cruéis contra crianças às vezes também apresentam traços de sadismo. E a ausência de remorso é uma questão importante, embora crueldade também possa aparecer numa pessoa normal", avaliou o psiquiatra Leonardo Dias, do Departamento de Psiquiatria Forense da UFRJ.

Katia Mecler descarta que possa ter havido crime passional. "Vai contra as características de um crime assim porque ele já foi premeditado", explicou ela, que também é coordenadora do Hospital Psiquiátrico Heitor Carrilho. A especialista também acredita que Suzana não sofra de psicose. "Na linha do transtorno mental, é mais uma para um desvio de personalidade mesmo", disse.

Fonte: Terra
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