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Polícia

Guerra entre traficantes mata mais dois no centro do Rio

Com os assassinatos no Morro da Coroa, sobe para oito o número de vítimas do tráfico na região

13 mai 2015 - 12h30
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Um tiroteio entre traficantes deixou mais duas pessoas mortas no Morro da Coroa, no Catumbi, área central do Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (12). A polícia ainda não identificou os corpos. Com mais esses assassinatos sobe para oito o número de pessoas mortas na região pela guerra entre duas facção criminosas rivais.

Policiamento foi reforçado no Morro da Coroa
Policiamento foi reforçado no Morro da Coroa
Foto: Jose Lucena / Futura Press

O policiamento está reforçado no Morro da Coroa por tempo indeterminado. Na manhã da mesma terça-feira um policial ficou ferido no vizinho Morro de São Carlos, no Estácio. Segundo a Polícia Militar (PM), um agente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi atingido, sem gravidade, na perna por um tiro disparado por traficantes em uma localidade conhecida como "100 metrinhos". 

O reforço do policiamento começou na sexta-feira (8), após a guerra entre traficantes que deixou seis mortos e cinco feridos no fim de semana. De acordo com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a polícia ocupará indeterminadamente as comunidades pacificadas dos morros da Fallet, Mineira e Coroa. 

Beltrame informou, ontem, que a tentativa de invasão dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro foi liderada pelo traficante Ricardo Chaves de Castro Lima, conhecido como Fú da Mineira, condenado pela justiça a 90 anos de prisão. Para o secretário, o problema não deve ficar limitado às ações policiais. Segundo ele, a polícia segue "enxugando gelo", porque prende e, depois de condenada, a pessoa é solta e a polícia tem de prender novamente.

"A polícia tem de prender de novo, como agora com o Fú da Mineira. Ele conseguiu um recurso para ir em casa, mesmo com 90 anos de condenação. Com 90 anos de condenação e com a idade dele, eu também não voltaria. Acho que isso é um absurdo. É, no mínimo, uma falta de sensibilidade o que ocasionou a guerra entre comunidades no Rio de Janeiro. A polícia terá de fazer esse retrabalho novamente", disse o secretário.

Beltrame explicou que a polícia conseguiu antecipar e neutralizar muitas ações criminosas, como a que ocorreu meses atrás nas comunidades da Mangueira, Lins, Covanca, e Camarista Méier, na zona norte da cidade. "Não conseguimos na ação liderada pelo Fú da Mineira". O secretário adiantou que a Corregedoria da Secretaria de Segurança está apurando possíveis irregularidades ou conivências de policiais da UPP do Morro da Coroa ou de outras áreas com unidades de Polícia Pacificadora.

"Por enquanto, não temos informações confirmando essa possibilidade. Naquela madrugada, a polícia não entrou no Morro da Coroa, mas fez um cerco. Ela não entrou exatamente para não trocar tiro à noite, porque não sabia efetivamente onde essas pessoas estavam. Temos de trabalhar com a política de redução de danos. Não adianta entrar lá de madrugada dando tiro em algo que você nem tem visibilidade. Então, a polícia cercou a área e no outro dia de manhã fez a varredura", explicou Beltrame.

"Quanto mais insistirem em agir dessa forma, atirar em policiais, matar pessoas, atirar em pessoas civis como nessa grávida (baleada sexta-feira no Morro da Coroa), mais legitimam nossa presença lá dentro. Não estamos para atirar, mas para manter a UPP, que tem resultados muito bons. É isso que vamos fazer", reafirmou Beltrame.

Com informações da Agência Brasil

Agência Brasil Agência Brasil
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