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Polícia

Rio: crianças lotam igreja nos 18 anos da Chacina da Candelária

22 jul 2011 - 11h37
(atualizado às 15h28)
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Luís Bulcão Pinheiro
Direto do Rio de Janeiro

A Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, ficou repleta de crianças e representantes de entidades dos direitos humanos na manhã desta sexta-feira, no início das cerimônias de lembrança aos 18 anos da Chacina da Candelária, o assassinato, por policiais militares, de seis crianças e dois adultos moradores de rua enquanto dormiam. O evento conta com a presença da ministra-chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

Alunos da escola Tasso da Silveira, palco do massacre de Realengo, participam das homenagens às vítimas da Chacina da Candelária no Rio
Alunos da escola Tasso da Silveira, palco do massacre de Realengo, participam das homenagens às vítimas da Chacina da Candelária no Rio
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra

O padre Sérgio Marques, da arquidiocese do Rio, abriu a missa dizendo que as tragédias no Brasil precisam ser lembradas e agradecendo pelos 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Que essa brutalidade, gravada significativamente na história da nossa cidade e do nosso País, nunca volte a acontecer", disse Maria do Rosário. Ela lembrou também das "Mães de Maio da Baixada Santista, das mães do Espírito Santo e das mães de Realengo", pedindo que elas "encontrem em Deus a força para seguir adiante".

Manifestantes devem fazer uma caminhada da região da Candelária até a Cinelândia. Pais e alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, palco do assassinato de 12 crianças no dia 7 de abril deste ano, também participam da caminhada.

A Chacina da Candelária ocorreu no dia 23 de julho de 1993, próximo à igreja, onde os policiais abriram fogo contra mais de 70 crianças e adolescentes moradores de rua. Um dos sobreviventes do massacre, Sandro Barbosa do Nascimento, sequestraria o ônibus 174 em 12 de junho de 2000, ocasião em que uma de suas reféns, usada como escudo durante cerco policial, acabou morta.

Com informações do jornal O Dia.

Especial para Terra

Colaborou com esta notícia o internauta José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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