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Polícia

Rio: corpos de vítimas de ação forjada por policiais serão exumados

De acordo com a decisão, a exumação justifica-se pelo fato de não terem sido localizados dois projéteis nos corpos

4 jun 2013 - 18h28
(atualizado às 18h28)
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O juiz da 1ª Vara Criminal da capital do Rio de Janeiro deferiu nesta terça-feira a exumação dos corpos de dois homens que morreram durante uma operação da Polícia Civil na favela do Rola, em Santa Cruz, em agosto de 2012. A Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) começou a investigar a ocorrência depois de um vídeo revelar que os agentes haviam forjado os autos de resistência.

As investigações indicam que os mortos durante a ação não estavam em confronto com a polícia, e, sim, foram vítimas dos próprios agentes. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a exumação foi pedida pela Coinpol, que apura eventuais crimes de homicídio praticados pelos policiais, e do Ministério Público, que ratificou o pedido feito pelo delegado. 

Perícia não encontrou projéteis

De acordo com a decisão, a exumação justifica-se pelo fato de não terem sido localizados dois projéteis nos corpos de Douglas Vinicius da Silva, 22 anos, e Ewerton Luis da Cruz Neves, 25 anos, constando os orifícios de entrada, mas não os de saída. As informações foram passadas por peritos.

“Assim, há fundadas razões de que esses dois projéteis possam ser localizados nos dois cadáveres a serem exumados e, ainda que, somente após sua obtenção, poderão ser complementados os exames cadavéricos já realizados, assim como poderão ser realizados confrontos balísticos, com todas as armas de fogo utilizadas pelos policiais que participaram do confronto, a fim de identificarem-se os eventuais autores desses disparos”, escreveu o juiz na decisão. 

Além de Douglas e Ewerton, outros três homens também morreram na favela do Rola durante a incursão policial. A operação tinha como objetivo localizar o traficante Diego de Souza Feitosa, conhecido como DG. Ele estava preso na 26ª DP, e foi resgatado do distrito policial por um grupo de criminosos. O traficante acabou morto em outra operação no Complexo da Maré, em abril deste ano.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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